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O MESMO FILME: Famílias voltam às casas após enchente em Barreiros e previsão é de mais chuva para a região

No domingo (21), nível dos Rios Una e Carimã subiu e deixou 518 famílias desalojadas, na Zona da Mata Sul do estado. Apac prevê chuva até a quarta-feira (24).


Por G1 PE e TV Globo

Imagem área mostra a situação da cidade de Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco, neste domingo (21), após os Rios Una e Carimã transbordarem — Foto: Reprodução/TV Globo 


Rua tomada pela água em Barreiros, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, neste domingo (21) — Foto: Defesa Civil de Barreiros/Divulgação

Cerca de 70% das famílias que ficaram desalojadas por causa das chuvas que atingiram Barreiros, na Zona da Mata Sul, voltaram para suas casas nesta segunda (22), segundo a Defesa Civil do município. No domingo (21), 518 casas foram atingidas pela cheia dos rios Una e Carimã. A previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é de chuva até a quarta (24) na região.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Barreiros, Amaro Joaquim Galdino, não houve mortos nem feridos durante a enchente. Os acessos à zona rural da cidade foram restabelecidos.

"Não tem mais ninguém ilhado. Antes, algumas entradas para a Zona Rural estavam com bastante barro e houve queda de árvores. A água levou a cabeceira da ponte na região da Cachoeira Alta. Mandamos uma retroescavadeira e conseguimos restabelecer os acessos", afirma Amaro.


Água invadiu casas depois da chuva em Barreiros — Foto: Reprodução/TV Globo

Ainda segundo a Defesa Civil, 12 engenhos da Zona Rural devem ser avaliados nesta segunda-feira (21). Amaro afirmou, ainda, que em algumas localidades, o fornecimento de água foi interrompido, por causa de danos na encanação.

"A previsão de retorno [da água] é até a terça-feira (23). O governo do estado confirmou que todas as famílias afetadas vão receber cestas de pronto-consumo, cestas básicas, água, colchões e material de limpeza. O telefone para contato é (81) 9 8662.6217", disse.

Prejuízos e transtornos

Segundo a dona de casa Ana Paula Oliveira, as inundações são frequentes em Barreiros. Para tentar salvar os pertences da família, ela decidiu colocar os móveis e tudo o que conseguiu levar para dentro de um ônibus. (Veja vídeo acima)

"Meu esposo tem esse ônibus e toda vez, quando enche, a gente pega as coisas e, o que cabe, botamos aqui dentro", afirma.

Para a supervisora de educação Irene Maria da Silva, a falta d'água piora os transtornos causados pela chuva no município.

"Estamos retornando aos poucos, mas precisamos fazer a limpeza da casa. Estamos aguardando a liberação da água para a gente poder lavar a casa e trazer as nossas coisas", diz.

O vigilante Roberto e a dona de casa Lídia moram no bairro de Prainha de Cima, um dos mais afetados pela inundação. Na região, 41 famílias tiveram que deixar suas casas. O casal precisou colocar os móveis em cima das paredes para salvar seus pertences.

"A água subiu uns 40 ou 50 centímetros. Quando começou a chover, não dormi mais. Fiquei muito desesperada, porque toda vez que enche, dá tempo da gente sair. Ontem, não deu. Foi tudo muito rápido. A gente tirou as coisas já com a água dentro de casa. Pegamos uma escada com um vizinho para subir os móveis", diz Lídia.


Moradores ficaram desalojados em Barreiros — Foto: Reprodução/TV Globo

Previsão de chuva

No domingo (21), a Apac emitiu um alerta para chuvas com intensidade de moderada a forte, para Zona da Mata, Grande Recife e Agreste do estado. O aviso é válido até as 17h desta segunda-feira (22). Segundo o meteorologista Romilson Ferreira, a previsão é de que chova até a quarta-feira (24).

"Julho é um dos meses em que mais chove nessa região. Temos um canal de umidade que está transportando a chuva nessa essa região, e deve favorecer a chuva até a quarta-feira, variando entre chuva moderada a forte em alguns momentos", afirma Romilson. 

Ainda segundo Romilson, o volume dos rios está em alerta, mas a tendência é de diminuição. O volume de chuva aumentou o nível dos rios Una, Amaraji, Sirinhaém e Piranji.

"A preocupação é que volte a chover nessa região. A chuva do domingo foi muito forte. Em algumas horas, choveu aproximadamente 50% do esperado para o mês", declara.

Chuvas e ventos

Em Sirinhaém, o telhado de uma usina desabou durante a madrugada. Segundo a Coordenadoria Defesa Civil do município, o local já estava em obras e, devido às chuvas, a situação se agravou. Em São José da Coroa Grande, também no Litoral Sul, foram identificados pontos de alagamentos apenas na Várzea do Una.

No município de Amaraji, na Zona da Mata Sul, foram registrados pequenos deslizamentos e quedas de árvore na PE-071 e PE-063. Não houve nenhuma vítima. Foi registrada ainda uma queda de árvore no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), mas sem danos.

Na manhã do sábado (20), uma ventania arrancou telhas e arrastou mesas e cadeiras de estabelecimentos em praias como Porto de Galinhas e Muro Alto, em Ipojuca, também no Litoral Sul do Estado. Segundo o meteorologista Fabiano Prestrêlo, da Apac, houve rajadas de vento quatro vezes mais velozes do que o normal na região.

Foram registradas rajadas de 8,8 metros por segundo na manhã do sábado pela Apac, o que é equivalente a ventos de 32 quilômetros por hora. A média local é de dois metros por segundo - 7 quilômetros por hora.


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