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OPINIÃO: As forças palacianas e as estratégias para manutenção do poder dos Campos em Pernambuco

Opinião

Montagem: EPS

Já se prepara uma nova armadilha com os velhos instrumentos da velha política pernambucana, e isso, são cartas apresentadas pelo baralho dos bastidores das forças palacianas no Estado. A nova jogada já emergiu das coxias pessebistas e tem nome e sobrenome: João Henrique de Andradde Lima Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos (morto em um acidente aéreo em agosto de 2014), eleito deputado federal pelo PSB com 460.387 votos. E digo, será impossível com o histórico do eleitor pernambucano atravessar o caminho do jovem deputado que parece um furacão político atropelando adversários, aliados, para manter o poder sob o jugo da monarquia política dos campos que se instalou na federação há quase duas décadas.

O primeiro passo é concorrer a prefeitura do Recife, governada por dois mandatos consecutivos por Geraldo Júlio (PSB) que deve ser o nome para concorrer a governador em 2022, já que o primogênito dos Campos não terá condições de elegibilidade na forma da lei suficiente para atropelar Júlio (a idade para concorrer a governador é de 30 anos – e Campos terá apenas 28 anos). O segundo passo é criar envergadura política para também elevar seu nome como potência política no cenário nacional e isso também já vem sendo costurado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pelas forças dos partidos aliados liderados pelo Palácio do Campo das Princesas, sob a batuta da “dama de ferro socialista” Renata de Andrade Lima Campos. Nesse sentido o flerte ou namoro já engatado com a deputada paulista Tábata Cláudia Amaral Fontes, eleita pelo PDT com 264.450 votos, sendo a sexta candidata mais votada no estado de São Paulo, já é uma articulação velada para sair do campo regional e demonstrar força nacionalmente. Tal pai, tal filho.

Nesse embate em torno do nome “João Campos” com ascendência política para substituir a liderança do temido “coronel do nordeste”, como era chamado o seu pai por seus adversários e até por aliados que se mantinham em reserva (veja alguns relatos abaixo), por controlar todos os órgãos estaduais com “mão de ferro”, o reizinho da monarquia pernambucana, o neo-coronel das terras dos altos coqueiros, já é uma ameaça iminente para aqueles que pretendem concorrer a disputa em 2020 pelo controle da Veneza Brasileira. Felipe Carreras, eleito deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro, já pensa em abandonar a agremiação, primeiro por se ameaçado de expulsão por ter votado a favor da Reforma da Previdência no primeiro turno na quarta-feira 10/07 Felipe Carreras contraria o PSB (o partido definiu que seria contra), segundo por se sentir escanteado por acreditar que estaria no início da fila quando os nomes para a disputa pelo partido a prefeitura do Recife em 2020, fossem ventilados. O deputado provavelmente migrará para outro partido e enquanto isso a cúpula do PSB respira aliviada por se livrar de um problema. Tadeu Alencar é outro insatisfeito com o partido desde quando esperava ser o nome cogitado por Eduardo Campos para lhe suceder no trono da monarquia pernambucana. Se contentou com a vaga de deputado federal e é um dos nomes cogitados para bater em retirada por ver seu espaço ainda mais reduzido dentro do ciclo poderoso do PSB.

Vai com Deus!!! 

Tadeu Alencar será o segundo problema resolvido para que o tapete laranja seja estendido para o futuro e jovem comandante do partido. Como os pernambucanos vem dando a demonstração que apesar de não gostar dessa manutenção do poder socialista no estado, diga-se a insatisfação com o Governo Paulo Câmara, mesmo assim, têm referendado o controle nas urnas ao Partido dos Monarcas tanto na Alepe, quanto no comando do Palácio do Campo das Princesas. É fato. Quais são as soluções para acabar com esse domínio e estancar a sangria que tem deixado as oposições anêmicas?

O primeiro passo já foi dado com a união dos Senadores Fernando Bezerra Coelho e Jarbas Vasconcelos, ambos do MDB, com o provável lançamento oficial do nome do deputado federal Raul Henry pela sigla, que fora conduzido a presidência regional. O que não faz a “política brasileira”?



O segundo passo será confrontado com os potenciais nomes a prefeitura de Recife que de uma forma ou de outra tentarão combater a candidatura do deputado federal João Campos. Será ele contra todos, um verdadeiro “Frentão” só que com candidaturas distintas, o que pode beneficiar o reizinho na disputa. Além do deputado Felipe Carreras, outros que os nomes já são ventilados são: a deputada Marília Arraes (PT) que não terá o apoio da cúpula do partido, que apoiará o “monarca”; André de Paula, André Ferreira, Daniel Coelho, Sílvio Costa Filho, Túlio Gadelha entre outros que acabarão sendo descartados para aumentar a musculatura do filho do saudoso governador Eduardo Campos.

O terceiro passo é diminuir o controle das prefeituras da Frente Popular de Pernambuco, controlada exclusivamente pelos socialistas liderados não pelo governador Paulo Câmara, mas pela matriarca poderosa dos “Campos” que tem minado a força dos adversários e pavimentado o caminho dos aliados com a força que o povo pernambucano vem mantendo nas urnas.

O quarto passo pertence ao eleitor. O povo pernambucano precisa entender que a alternância no poder é salutar para qualquer democracia e que o nosso estado não pode permanecer como uma senzala dos Campos, controlada como “Monarquia” dentro de uma forma de governo denominada de “República Federativa” e um regime político democrático. Do sertão ao litoral esse controle dos “Campos” no Estado precisa ser repensado, ou continuaremos fechado para os debates democráticos, e aí eu pergunto: “Cadê os “Paraíbas”, que criticam as intolerâncias do governo federal e aceitam com servilismo as intolerâncias do governo estadual?

Peguei alguns trechos de personalidades pernambucanas sobre avaliação do à época governador Eduardo Campos, para traduzir que a saga da realeza continua em Pernambuco.



“Eduardo segue a máxima de Maquiável: um príncipe não deve ser amado; deve ser temido” – Humberto Costa, Senador do PT, hoje aliado dos Campos.


“Eduardo tem talento, vontade e sorte. Exerce o poder com mão de ferro e tem a mão pesada quando é contrariado no projeto dele”. Raul Henry é deputado federal pelo MDB. Era vice-governador do atual governador Paulo Câmara, e deve ser candidato a prefeitura do Recife em 2020.

“Eduardo consegue conciliar práticas de coronelismo com eficiência na gestão” – Daniel Coelho, Deputado Federal do PSDB-PE.

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