
Logo da Universidade Brasil nas camisas do Corinthians e Flamengo (Danilo Fernandes/Folhapress e Buda Mendes/Getty Images/.)
Logo da Universidade Brasil, alvo de investigação, estampa a camisa dos times de futebol
O dono da Universidade Brasil, José Fernando Pinto da
Costa, preso preventivamente nesta terça-feira na Operação Vagatomia, é
parceiro financeiro de grandes clubes de futebol, como o Corinthians, Flamengo e Atlético Mineiro. A
camisa atual dos três times tem o logo “Universidade Brasil” estampado no ombro
dos jogadores. Ele também foi um dos patrocinadores da seleção brasileira de
2017 a 2018.
Resultado de
oito meses de investigação, a operação apura um esquema de fraude na concessão
do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e na
comercialização de vagas e transferência de alunos do Paraguai e Bolívia para o
curso de medicina da Universidade Brasil, no campus de Fernandópolis, no
interior de São Paulo.
Segundo as investigações da PF, “vagas para
ingresso, transferência e financiamentos Fies para o curso estariam sendo
negociados por até 120.000 reais por aluno”. Os investigadores calculam
que cerca de 500 milhões de reais em bolsas do Fies e Prouni foram concedidas
de forma irregular nos últimos cinco anos.
Costa foi preso em São Paulo e é apontado como o
chefe do esquema. Em nota, a PF diz que ele “não só tinha conhecimento como
também participava dos crimes em investigação”. Ao todo, a Justiça Federal de
Jales (SP) expediu 22 mandados de prisão e 45 de ordem de busca e apreensão.
Também foi determinado bloqueio de 250 milhões de reais dos alvos.
Eles são investigados pelos crimes de organização
criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de
informações e estelionato. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
Em texto publicado no site do grupo educacional, a
instituição destaca que entregou 250 bolsas de ensino presencial e à distância
para pessoas de baixa renda “em razão do desempenho desses times no Campeonato
Brasileiro”. Na nota, Costa é apresentado como um engenheiro de sucesso
responsável pelas obras do Metrô de São Paulo, de uma barragem no Peru e do
complexo bancário do Itaú, até que decidiu investir na área educacional.
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