Teich foi indicado ao cargo nesta
quinta-feira em substituição a Luiz Henrique Mandetta. Ele defendeu em artigo
necessidade de isolamento social horizontal contra o coronavírus.
Por G1

‘Tudo
vai ser tratado de maneira técnica e cientifica’, diz novo ministro da Saúde
Indicado nesta
quinta-feira (16) pelo presidente Jair
Bolsonaro para o
cargo de ministro da Saúde, em substituição a Luiz Henrique
Mandetta, o oncologista Nelson
Teich defende a necessidade de isolamento social horizontal
no combate ao coronavírus.
Em artigo
publicado em 2 de abril em uma rede social, Teich fala na importância de
medidas como o isolamento social, a testagem em massa e o uso de projeções
matemáticas no enfrentamento da pandemia.
"Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país".
Em pronunciamento
no Palácio do Planalto na tarde desta quinta, Teich
afirmou que não haverá "definição brusca" sobre esse tema.
O presidente Jair
Bolsonaro já defendeu
publicamente o que chama de "isolamento vertical",
menos rigoroso por ser restrito a grupos de risco, como pessoas acima de 60
anos.
Em 24 de março, em
outro artigo sobre o coronavírus, o médico destaca as dificuldades enfrentadas
pelo gestor de saúde em meio à pandemia e cita pontos que devem ser
considerados nas tomadas de decisão.
"Não me
coloco aqui como alguém que defende um lado ou outro, na verdade é o oposto,
não pode existir lado. O fundamental é analisar criticamente e de forma
contínua a situação e as projeções, integrando continuadamente a nova
informação na análise. A informação que chega a cada dia precisa ser complexa,
detalhada e em tempo real. É necessário rever diariamente a realidade, os
cenários, as projeções e as ações. Como comentado, projeções e posições
radicais e emocionais só levam a mais confusão e problema", diz.
Carreira
Teich foi
responsável nos anos 1990 pela fundação do Centro de Oncologia Integrado (Grupo
COI), onde atuou até 2018. Segundo o perfil dele em uma rede social, trabalhava
como consultor em gestão de saúde.
De setembro do ano
passado até janeiro deste ano, também de acordo com o perfil, Teich prestou
orientações à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde
(SCTIE) do Ministério da Saúde, comandada por Denizar Vianna.
O novo ministro é
formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Teich foi
residente de Oncologia no Instituto Nacional do Câncer. Na sequência, focou sua
formação na área de gestão da saúde, ao cursar um MBA na Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) e um mestrado na Universidade de York (Reino Unido)
voltados para o tema.
Em 2010 e 2011,
ele prestou consultoria para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São
Paulo, também focada em gestão da saúde. Teich foi um dos sócios-fundadores do
MDI Instituto de Educação e Pesquisa, onde foi sócio do atual secretário de
Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da
Saúde, Denizar Vianna.
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