Em entrevista exclusiva à Poliana
Abritta, o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro disse
ainda que se sentia constrangido em reuniões com Bolsonaro e que não tinha
espaço para rebater o presidente.
Moro critica aliança com 'Centrão' e diz que Bolsonaro não apoiou o
combate à corrupção
Neste domingo (24),
faz um mês que Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça e da Segurança
Pública. Saiu do governo Bolsonaro acusando o presidente de tentar interferir
politicamente nas investigações da Polícia Federal.
Começou então uma
tempestade política no pior momento para o país, enquanto milhares de
brasileiros enterravam seus mortos na pandemia de Covid-19, situação que ficou
ainda mais desesperadora ao longo desses 30 dias.
Depois que Moro
pediu demissão, o Supremo Tribunal Federal determinou a abertura de um
inquérito para apurar as denúncias e, nessa investigação, o vídeo da reunião
ministerial do dia 22 de abril foi apontado por Moro como prova da intenção do
presidente de obter informações privilegiadas.
O vídeo, divulgado
esta semana, mostra também um Sergio Moro praticamente mudo, de braços
cruzados, diante do festival de xingamentos e desrespeito a autoridades e
instituições.
Pela manhã, Poliana
Abritta entrevistou o ex-ministro e perguntou sobre essa atitude dele na
reunião. Ele falou sobre os 16 meses em que integrou o governo Bolsonaro. Moro
disse que o presidente não se empenhou no combate à corrupção, criticou a
aproximação do governo com políticos do Centrão e disse que saiu para não trair
seus princípios.
A íntegra da
entrevista exibida no Fantástico você confere na
reportagem em vídeo e no texto que segue.
Poliana
Abritta: Obrigada por aceitar o nosso convite.
Sergio
Moro: Tudo bem, Poliana? É um prazer estar falando com o Fantástico, com a
imprensa.
Poliana
Abritta: Com 22 anos de experiência na magistratura, na avaliação do
senhor, o presidente cometeu crime?
Sergio
Moro: Veja, eu, quando deixei o governo, e fiz aquele pronunciamento e depois
prestei um depoimento, deixei muito claro que nunca foi minha intenção
prejudicar o governo de qualquer maneira. O que aconteceu, na minha avaliação,
uma interferência politica do presidente da república na Polícia Federal, tanto
na direção-geral como também na superintendência do Rio de Janeiro. Entendi,
pela relevância do assunto, que era minha obrigação revelar a verdade por trás
da minha saída. Cabe agora às instituições - PGR, Polícia Federal e o próprio
Supremo Tribunal Federal - fazer avaliação sobre esses fatos. Na minha parte,
não me cabe emitir opinião específica a esse respeito.
Poliana
Abritta: Dois dias antes de o senhor pedir demissão, o senhor participou de
uma reunião ministerial no dia 22 de abril. Essa reunião, a defesa do senhor
incluiu como prova no inquérito. Esse vídeo dessa reunião foi divulgado,
inclusive, na sexta-feira agora. Horas antes dessa reunião, o presidente
Bolsonaro mandou uma mensagem pro senhor, que eu vou ler aqui agora: 'Moro,
Valeixo sai esta semana. Está decidido. Você pode dizer apenas a forma: a
pedido ou a ex-ofício (sic)'. Valeixo era o então diretor-geral da Polícia
Federal, nomeado pelo senhor. O senhor respondeu pro presidente que precisava
conversar pessoalmente com ele sobre o assunto. Como é que foi? O senhor teve
essa conversa, tentou fazer com que o presidente mudasse de opinião?
Sergio
Moro: Ele mandou essas mensagens, de fato, no dia 22, dizendo: olha, vai
trocar de qualquer jeito. Você escolhe apenas a forma. Isso demonstra que essa
argumentação de que não havia desejo de interferência na Polícia Federal não é
propriamente correto. Esse vídeo é mais um dos elementos de prova. Nós tivemos
a reunião ministerial, na qual novamente ele externou essa situação de que ele
queria trocar, intervir, porque os serviços de inteligência não funcionavam,
ele precisava trocar. E ele ali, me parece claro, até pelo gestual que ele
realiza, que ele se refere a mim. Ele fala da Polícia Federal. Agora, eu não ia
discutir isso no âmbito de uma reunião ministerial. Até porque ali o ambiente
não era um ambiente muito favorável ao contraditório.
Poliana
Abritta: Na reunião, como o senhor mesmo mencionou agora, o presidente faz uma
reclamação muito contundente - inclusive, diz um palavrão - para dizer que
estava preocupado com a possibilidade de quererem prejudicar familiares e
amigos dele. Em outro momento, o presidente verbalizou pro senhor essa
preocupação, ao longo da sua gestão no Ministério da Justiça?
Sergio
Moro: Quem tem que dar essa explicação, quem tem que esclarecer o sentido
dessas afirmações, a meu ver, é o Planalto, e não o ex-ministro da Justiça.
Veja, o presidente, ele externou publicamente, diversas vezes, as preocupações
que ele tinha em relação aos filhos dele, né? O que existe é todo um contexto,
que é a necessidade externada pelo presidente de colocar pessoas de confiança
dele e uma insatisfação com serviços de inteligência que eram prestados pela
PF. Agora, tem que ver o que ele entende exatamente como “serviços de
inteligência”, que pra ele estavam insatisfatórios.
Poliana
Abritta: Ao longo da reunião, ele, mais de uma vez, reclama do serviço da Polícia
Federal, da falta de informações, diz que não vai admitir que seja surpreendido
por notícias. E diz também que ele mantém um sistema particular de informações.
O senhor tinha conhecimento desse sistema e de como isso funcionava?
Sergio
Moro: Acho que isso tem que ser indagado ao presidente da república, né? O que
ele quis dizer com esse serviço particular. O que me causou mais preocupação
foi, me parece, o desejo de que os serviços de inteligência prestados por esse
serviço particular fossem passados a ser prestados pelos serviços oficiais.
Poliana
Abritta: Num dos momentos da reunião, em que o presidente diz que vai interferir
em todos os ministérios, ele olha pro senhor. Eu queria entender que essa
olhada que o presidente dá para o senhor, olhando para a esquerda que é onde o
senhor está, pro senhor confirma que a interferência seria na Polícia Federal,
e não uma mudança na segurança pessoal e familiar dele, como em algum momento
isso foi dito?
Sergio
Moro: Acho que o vídeo fala por si. Quando ele olha na minha direção, isso
evidencia que ele estava falando desse assunto da Polícia Federal. E temos que
analisar os fatos que ocorrem anteriormente - ele não teve nenhuma dificuldade
em alterar o serviço do GSI. Inclusive do Rio de Janeiro, ele promoveu até as
pessoas envolvidas. Sinal de que não havia nenhuma insatisfação - e os fatos
posteriores. E os fatos posteriores são o quê? A mensagem que ele me manda na
quinta de manhã, que ele fala 'mais um motivo pra troca', após me enviar uma
mensagem relativa ao inquérito no Supremo Tribunal Federal. E, por outro lado,
o que acontece? Acontece a demissão do diretor Valeixo.
Poliana
Abritta: Em que momento o senhor sentiu que o presidente estava tentando agir de
forma a que a Polícia Federal atendesse aos desejos dele, às necessidades dele?
Sergio
Moro: Tem que entender, no fundo, essa questão da interferência na Polícia
Federal, ela vem num contínuo, na qual ingressei no governo, e até dei uma
entrevista na época ao Fantástico, muita clara de que eu tinha um compromisso
com combate à corrupção, com combate à criminalidade violenta, combate ao crime
organizado. E, em partes, foi realizado - especialmente à criminalidade
violenta - o combate ao crime organizado. O que eu entendi, no entanto, é que
essa agenda anticorrupção - e me desculpem aqui os seguidores do presidente, se
essa é uma verdade inconveniente -, mas essa agenda anticorrupção não teve um
impulso por parte do presidente da república pra que nós implementássemos.
Então, nós tivemos lá, por exemplo, a transferência do Coaf do Ministério da
Justiça, não houve um empenho do Planalto pra que fosse mantido no âmbito do
Ministério da Justiça. Depois houve o projeto anticrime, que não houve, a meu
ver, um apoio adequado por parte do Planalto. Houve lá mudança do entendimento
da execução em segunda instância, depois foi apresentado proposta de emenda
constitucional para restabelecer execução em segunda instância, que é algo
muito importante contra a corrupção. Não houve uma palavra do presidente da
república em apoio Então, essa interferência na Polícia Federal, a meu ver, vem
no âmbito de um contínuo. Em que eu via essa agenda anticorrupção ser cada vez
mais esvaziada. E, recentemente, vimos essas alianças, que são realizadas com
políticos que não têm não um histórico, assim, totalmente positivo dentro da
história da administração pública. É certo que é preciso ter alianças no
parlamento pra conseguir aprovar projetos. Então, eu acabei entendendo com essa
interferência que, olha, não faz sentido eu permanecer no governo. Até porque,
qual que era a minha percepção? O governo se vale da minha imagem, que eu tenho
esse passado de combate firme contra a corrupção, e de fato o governo não está
fazendo isso. Não é? Não está fortalecendo as instituições para um combate à corrupção.
Poliana
Abritta: Por que o senhor não saiu antes?
Sergio
Moro: Eu fui permanecendo porque tinha esperança de avançar com essa agenda.
Fui vendo essa agenda sendo esvaziada e, para mim, realmente a gota d'água foi
essa interferência na Polícia Federal. Em particular porque a Polícia Federal
também investiga mal-feitos dos próprios governantes.
Poliana
Abritta: A pergunta que surge é se o senhor teria guardado alguma prova
justamente para não parecer que teria sido omisso em relação a alguma possível
conduta criminosa do presidente durante a sua gestão.
Sergio
Moro: Não, de forma nenhuma. Não houve nenhuma situação. Toda situação eu
revelaria, se fosse o caso. Claro que existe todo esse contexto também, que eu
mencionei antes, de um desapontamento em relação à falta de empenho do
presidente em relação à agenda da anticorrupção. Que envolve agora essas
alianças politicas, algumas questionáveis. Veja, vamos colocar bem claro: eu
não tenho nada contra os políticos. Mas algumas alianças são realmente questionáveis.
Poliana
Abritta: Ministro, eu me lembro aqui, que quando o senhor me deu aquela
entrevista em 2018, o senhor me disse que o presidente Bolsonaro tinha o
compromisso com o senhor de que ninguém seria protegido no governo dele. O
senhor acha que ele quebrou esse compromisso?
Sergio
Moro: Quando há essa interferência, sem causa, na Polícia Federal, isso me
trouxe, assim, muito incômodo. Se viu, em outras situações, trocas,
substituições, demissões, em outros órgãos do estado, notadamente na área ambiental,
que também seriam um pouco controversas.
Poliana
Abritta: Que outras trocas que o senhor considera que foram controversas?
Sergio
Moro: Olha, a própria questão das substituições no Ministério da Saúde, acho
que são absolutamente controversas. Claro que o presidente escolhe seus
ministros, mas são substituições bastante questionáveis do ponto de vista
técnico. Eu quero dizer que eu também me sentia desconfortável com essa gestão.
A posição do governo federal em relação à pandemia, muito pouco construtiva.
Poliana
Abritta: No dia da reunião, o Brasil contava com 2.900 mortos e mais de 46 mil
casos de Covid. Esse assunto praticamente não foi debatido na reunião. Hoje a
gente já passa de 22 mil mortos. O senhor que viveu o governo de dentro, por
que a pandemia não foi discutida naquela reunião?
Sergio
Moro: Essa é uma questão que deveria ser dirigida, principalmente, ao
presidente da república. O presidente da república tem uma posição negacionista
em relação à pandemia. Houve um debate também sobre a questão de prisão no caso
de infração, descumprimento de isolamento e de quarentena. Teve alguns
episódios, que foram até noticiados, de algumas pessoas que foram presas por
violação de isolamento de quarentena e eu sempre externei: olha, minha posição
é que a prisão deve ser evitada ao máximo, isso deve ser objeto de diálogo,
objeto de convencimento, mas existe uma possibilidade legal da prisão, porque é
um crime previsto, uma infração penal prevista no artigo 268 do Código Penal.
Poliana
Abritta: O presidente Bolsonaro insultou ali na reunião prefeitos e governadores
por, justamente, adotarem o isolamento. O senhor acha que esse assunto, a
posição do senhor pró-isolamento, aumentou o clima de tensão, o choque entre o
senhor e o presidente Bolsonaro?
Sergio
Moro: Dentro do governo, lembro de varias reuniões que eu participei - isso
pode ser dito melhor pelo ministro Mandetta - em que foi alertado o risco de
que houvesse essa escalada de mortes. E, no entanto, me parece que falta um
planejamento geral por parte do governo federal em relação a essas questões.
Agora, eu acho que a minha própria lealdade, ao próprio presidente, demanda que
eu me posicione com a verdade, com o que eu penso. E não apenas concordando com
a posição do presidente. Se for assim, não precisa de um ministro, precisa de
um papagaio. Em nenhuma circunstância se pode concordar, digamos assim, que o
armamento sirva de alguma forma para que as pessoas possam possa se opor, de
forma armada, contra medidas sanitárias.
Poliana
Abritta: Mas foi justamente isso que o presidente Bolsonaro defendeu na reunião:
que a população fosse armada, inclusive com o intuito de se rebelar contra
governadores e prefeitos. E o senhor estava ali presente.
Sergio
Moro: Sim, mas veja, não há espaço ali dentro das reuniões - me pareceu muito
claro -, não existe um espaço ali para o contraditório.
Poliana
Abritta: No dia seguinte, saiu uma portaria, assinada pelo senhor e pelo ministro
da Defesa, aumentando a possibilidade do cidadão comprar munição, de 200
cartuchos por mês para 550 por mês. Essa atitude do senhor foi resultado dessa
pressão que o presidente fez na reunião?
Sergio
Moro: Certamente. Eu não queria também que isso fosse utilizado como um
subterfúgio para desviar a questão da Polícia Federal, da interferência na
Polícia Federal.
Poliana
Abritta: O senhor achou que valia a pena a troca?
Sergio
Moro: Olha, isso veio, um pedido do presidente. E eu entendi, naquele momento,
que não tinha condições de me opor a isso porque já existia essa querela
envolvendo a Polícia Federal.
Poliana
Abritta: Não foi a primeira reunião ministerial que o senhor participou. Elas
tinham sempre aquele ambiente, aquele tom, de xingamentos e ameaças que a gente
viu no vídeo?
Sergio
Moro: Eventualmente nessas reuniões tinham algumas discussões veementes. O
tom, no entanto, a meu ver, houve uma subida desse tom nos últimos meses.
Poliana
Abritta: Ameaças, defesas de medidas ilegais...
Sergio
Moro: São questões aí que devem ser ditas por outros, ao meu ver.
Poliana
Abritta: É que o senhor ficou lá um ano e quatro meses, né ministro? Bom, durante
essa reunião, foram quase duas horas. O senhor falou somente por duas vezes. O
senhor passou quase o tempo todo de braços cruzados, calado. Por quê?
Sergio
Moro: Quanto às questões relativas à interferência da Polícia Federal, eu
tinha uma reunião com o presidente na quinta-feira, no dia seguinte. E,
sinceramente, acho que esses assuntos eram mais apropriados para serem
discutidos numa reunião entre eu e o presidente.
Poliana
Abritta: Mas aí, durante a reunião, o ministro da Educação diz, por exemplo: '
eu, por mim, botava esses vagabundos na cadeia, começando pelo STF'. O senhor,
que já foi juiz, se calou. Por quê?
Sergio
Moro: Eu não sou o presidente da reunião.
Poliana
Abritta: É que, pelo vídeo, chama atenção também a manifestação do ministro do
Meio Ambiente, em que quer passar a 'boiada' aproveitando a mídia distraída com
a questão da Covid. E chama atenção o senhor, quase todo tempo na reunião, calado
e de braços cruzados. Por isso que eu pergunto da sua postura na reunião.
Sergio
Moro: Olha, eu não estava confortável naquela reunião. Isso parece muito
claro. Me senti incomodado por várias aspectos.
Poliana
Abritta: Ficar calado não é uma forma de se omitir?
Sergio
Moro: Veja, eu estou dentro de governo, não é? Então eu tenho também algumas
limitações do que eu posso externar publicamente, certo? E eu já tinha esse
problema, que vinha há tempos, em relação à Polícia Federal.
Poliana
Abritta: Nas imagens da reunião, a gente percebe que o senhor deixou a reunião
antes que ela efetivamente terminasse. Por quê?
Sergio
Moro: Bem, eu estava bastante desconfortável e incomodado naquela reunião.
Como eu já disse, não tinha muito espaço ali para o contraditório. Eu acabei
saindo, queria ter saído antes. Eu tinha também um compromisso agendado que me
dava uma desculpa para poder sair antes que terminasse.
Depois que Sergio
Moro saiu da reunião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a
privatização do Banco do Brasil. E o presidente do Banco do Brasil , Rubem
Novaes, chamou o Tribunal de Contas da União de “usina do terror”.
Poliana
Abritta: O senhor não pode dizer que as atitudes do presidente Bolsonaro hoje são
diferentes das que ele demonstrou ao longo da carreira parlamentar no
Congresso, durante 28 anos. Se o senhor disse que não queria sujar a biografia
do senhor, por que lá atrás aceitou o convite?
Sergio
Moro: Porque eu entendi que eu tinha uma missão importante a realizar.
Poliana
Abritta: O senhor se arrepende?
Sergio
Moro: Não, de forma nenhuma. Eu fiz uma escolha, muito clara, e na época ela
estava justificada. E fiz uma escolha também muito clara - e espero que as
pessoas compreendam - quando sai do governo.
Poliana
Abritta: O senhor entrou no governo com muito apoio popular. Saiu e está tendo
que encarar a ira de parte dos apoiadores do presidente Bolsonaro. Incomoda?
Sergio
Moro: Eu acho que algumas verdades inconvenientes surgiram. Muitos apoiadores
do próprio presidente, antes da minha saída, me diziam um tanto quanto
frustrados contra essa falta de empenho maior na agenda anticorrupção.
Poliana
Abritta: Muitos acusam o senhor de ser candidato. Outros pedem que o senhor lance
a candidatura antecipadamente. Onde que o senhor está, em que lugar o senhor
está?
Sergio
Moro: Nós estamos no meio de uma pandemia muito grave, muito séria - e aqui
aproveito para externar minha solidariedade a todas as famílias que perderam
entes queridos -, que eu acabei de sair do governo, né? Eu vou ter que reinventar
a minha vida.
Poliana
Abritta: Ex-juiz, ex-ministro, futuro o quê?
Sergio
Moro: (risos). Como eu disse, eu preciso agora, toda essa turbulência
decorrente da minha saída, da pandemia, eu estou encontrando aí uma maneira de
me posicionar. Agora, o que eu sempre disse, é que eu quero de alguma forma
continuar contribuindo, seja na área privada, seja no debate público, com essa
discussões que envolvem o país.
Poliana
Abritta: Agradeço o senhor ter aceitado mais uma vez esse nosso convite para
falar para o Fantástico.
Sergio
Moro: Está muito bom. Eu agradeço também a oportunidade. Acho que eu devo isso
à população brasileira.
Blog do Paixão