@Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Doze mil
voluntários participarão da pesquisa
Por Agência Brasil
O |
Ministério da Saúde anunciou hoje (28) que
iniciará estudo para avaliar a eficácia da aplicação da terceira dose da vacina
contra a covid-19 CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em
parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.
A
pesquisa será realizada em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino
Unido. Nela, será analisada a possibilidade de aplicação de outras vacinas como
3ª dose para quem tomou as duas primeiras da CoronaVac.
A principal
pesquisadora, Sue Anne Clemens, da instituição britânica, afirma que serão
analisados casos de uso da terceira dose com diferentes imunizantes, de outras
farmacêuticas.
“Vamos
vacinar pessoas que já tenham tomado duas doses da CoronaVac, seis meses depois
da segunda dose. Temos quatro grupos [de estudo]: um com reforço da CoronaVac,
outros com Janssen, Pfizer e AstraZeneca”, diz.
Segundo
a pesquisadora da Universidade de Oxford, o estudo serviria para subsidiar uma
nova estratégia de vacinação. Contudo, a pesquisadora e o Ministério não
explicaram que nova estratégia seria esta e por que a necessidade de
intercambialidade para quem tomou duas doses da CoronaVac.
Segundo
o Ministério da Saúde, 12 mil voluntários participarão da pesquisa.
Mais
Fiocruz: Casos de síndrome respiratória
tendem a cair em 12 estados
Apenas o Acre tem alta probabilidade de alta de síndrome respiratória
Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil
O |
s casos de síndrome respiratória aguda
grave (SRAG) apresentam tendência de queda em 12 unidades federativas, enquanto
apenas o Acre tem probabilidade de alta nas projeções divulgadas hoje (28) pelo
Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os
quadros graves de síndrome respiratória têm sido acompanhados por pesquisadores
como um parâmetro para indicar a evolução da pandemia de covid-19, já que 96%
dos casos positivos para vírus respiratórios foram causados pelo
SARS-CoV-2.
Alagoas,
Roraima, Piauí, Tocantins e Sergipe são os estados com a mais forte
probabilidade de queda nos casos. Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão,
Paraíba, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul também tendem a apresentar
queda, porém com menor probabilidade.
O
boletim divulgado hoje mostra que a maior parte do Brasil apresenta tendência
de estabilidade para os casos de SRAG. Já entre as capitais, o maior grupo, com
14 regiões metropolitanas, é o que apresenta tendência de queda.
Apesar
do cenário, o boletim aponta tendência de alta nos casos de SRAG para
Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco e Rio
de Janeiro.
Os
pesquisadores alertam que, mesmo entre as cidades com tendência de queda ou
estabilidade, o patamar de casos e óbitos se mantém elevado. Todas as capitais
estão em regiões onde a transmissão comunitária do SARS-CoV-2 é considerada
alta, muito alta ou extremamente alta.
A
transmissão comunitária do vírus significa seu contágio entre membros de uma
mesma população, sem depender de viagens ou da chegada de pessoas contaminadas
vindas de outros locais.
O nível
de transmissão comunitária é considerado extremamente elevado em Belo
Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Macapá, Porto Alegre e
São Paulo.
O
coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes avalia que esse cenário manterá o número
de hospitalizações e óbitos em patamares altos, com tendência de agravamento
nas próximas semanas, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades
e população locais.
Blog do Paixão