Por Houldine
Nascimento, da equipe do Blog
O |
prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB),
não economizou nas críticas à gestão do PSB em Pernambuco. Em entrevista ao
Frente a Frente, hoje, direto dos estúdios da rádio Tropical Sat 102,5 FM,
em Juazeiro (BA), ele disse que o povo “está cansado” do grupo político que
conduz o Estado. Falou que existe uma “política do oportunismo” na Frente
Popular.
“Essa fadiga
não é Miguel quem está falando. Vamos pegar o resultado das eleições do ano
passado. Das dez maiores cidades do Estado, a oposição tem sete ou oito, só
perde ali no Recife, e você sabe como foi a eleição. O que está muito claro é
que a estratégia que está colocada é o poder pelo poder, sempre a política do
oportunismo. O PT e o PSB se digladiaram e agora já estão unidos e decantando
as maiores provas de amor”, ironizou em entrevista ao titular deste blog, Magno
Martins.
“Hoje
Pernambuco amarga o pior indicador em geração de emprego no Nordeste. É o
Estado que menos investe na região e o que vai crescer menos no Brasil esse
ano. Só esses três argumentos já servem para uma reflexão de quem está nos
ouvindo nos quatro cantos do nosso Estado”, disparou.
Miguel falou
em “perda de competitividade” do Estado: “Aquele Pernambuco altivo de 15, 20
anos atrás se ofuscou.” A respeito dos principais nomes de oposição, que
incluem os prefeitos Anderson Ferreira (Jaboatão dos Guararapes), Raquel Lyra
(Caruaru) e Lupércio Nascimento (Olinda), disse que “não há uma competição”
entre eles. “Quem tentar plantar a discórdia vai bater a cabeça no muro”,
completou.
O gestor
refutou divisão do bloco oposicionista e assegurou que está disposto a ceder em
nome de um novo projeto para o Estado. “A oposição não está dividida. Está
unida e tem grandes nomes. Sento na mesa com Anderson, Raquel, Lupércio e
tantos outros. Jamais escondi minhas pretensões de ter a oportunidade de
liderar e representar um novo ciclo para Pernambuco. Mas, se por qualquer razão
que for, não puder ser Miguel, estou pronto para apoiar Raquel, Anderson,
Lupércio ou quem quer que seja. Até porque isso não é um projeto de Miguel, tem
que ser um projeto de Pernambuco.”
Risco de nacionalização do debate
em Pernambuco
Sobre uma
possível nacionalização da disputa local, com os nomes do ex-presidente Lula
(PT) e do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) no embate, o prefeito
de Petrolina disse que “não se pode pegar o debate nacional e diminuir o
protagonismo do Estado”. “Quem perde com menos Pernambuco são os pernambucanos.
A gente precisa discutir Pernambuco, os problemas e desafios que nosso Estado
entrenta”, declarou.
Miguel Coelho
não se furtou de falar sobre a aliança com o Governo Bolsonaro, do qual seu
pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é lider no Senado e apontou
contradições nas críticas aplicadas pelos adversários. “Tem mais aliado de
Bolsonaro e do Governo Federal na Frente Popular do que no bloco de oposição. A
política, a meu ver, não pode ser feita com hipocrisia e com demagogia. Tem que
fazer com transparência. Somos aliados do Governo Federal sim, e é por isso que
estamos viabilizando várias obras em Petrolina”, afirmou.
“Em qualquer
cargo executivo que ocupar, baterei em qualquer porta necessária para buscar
desenvolvimento, emprego, renda e melhoria na qualidade de vida. “Agora, quem
está pendurado nos cargos em Brasília e no Recife tem que explicar como pode
atender dois senhores ao mesmo tempo. Política tem que ter lado. Não dá para
ficar em cima do muro e meu lado é pela mudança em Pernambuco”, prosseguiu.
Sobre a
distribuição de vacinas contra a Covid-19 em Pernambuco, apontou privilégios ao
Recife, conduzido pelo prefeito João Campos, do PSB, mesmo partido do
governador Paulo Câmara: “A média (de vacinação) em Pernambuco está 30 anos.
Petrolina está 30, Caruaru 31, acho que Olinda 29, Jaboatão também 30. Como é
que todo mundo das grandes cidades está nisso e Recife agora está 23? É questão
proporcional. Nosso interesse é que todos os pernambucanos sejam vacinados, mas
tem que ser tratar de maneira equânime. A vida de um pernambucano do Sertão é
igual à do Agreste, da Metropolitana, da Mata. Não pode haver distinção.”
Prefeita de Juazeiro também foi
convidada do Frente a Frente
A prefeita de
Juazeiro, Suzana Ramos (PSDB), também participou do Frente a Frente. Ela falou
sobre a situação do São Francisco, essencial para a região, e disse que “é
preciso ter um olhar diferente” para o rio.
Nos primeiros
seis meses de gestão, ela falou sobre algumas realizações: “A maior obra que eu
fiz foi negociar a dívida do saneamento, que todo mundo chamava de impagável.
Em 2030, vai acabar. Até dezembro, vamos pagar mais de R$ 800 mil e no ano que
vem quase R$ 1,7 milhões. Há outras obras. Entregamos sete escolas e há 23 para
entregar.”
Suzana também
falou sobre os recursos destinados pelo Governo Federal para combater à
pandemia. No ano passado, ela contou que foram destinados R$ 27 milhões e R$
1,5 milhão este ano. “Se eu tivesse acesso aos R$ 27 mi, teria construído um
hospital para deixar para essa população tão carente”, afirmou.
Ela também foi instada a comentar sobre a disputa política em Pernambuco e demonstrou apoio a Miguel Coelho, que é pré-candidato ao Palácio do Campo das Princesas: “Eu não vou fazer campanha por partido, mas pela pessoa que é Miguel. Já demonstrou sua capacidade e tem condições de governar Pernambuco.”
Blog do Paixão