Nesta quinta, as duas registraram boletim de ocorrência sobre o caso
Lima diz ter sido agredida primeiro pela colega e que "agiu em legítima defesa" - Foto: Reprodução / redes sociais
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vereadoras Cris Monteiro e Janaína Lima, ambas do Partido Novo, se acusam de
terem sido agredidas uma pela outra na noite da última quarta-feira, na Câmara
Municipal de São Paulo, durante votação da reforma da Previdência da cidade.
Nesta quinta, as duas registraram boletim de ocorrência sobre o caso. No fim do
dia, o Novo suspendeu liminarmente a filiação das duas vereadoras para apurar o
ocorrido.
Lima diz ter sido agredida primeiro
pela colega e que "agiu em legítima defesa". Ela publicou no Twitter
um vídeo de uma câmera de segurança do plenário da Câmara. Nas imagens,
Monteiro a cerca na descida da tribuna e a empurra enquanto Lima tenta se
desvencilhar. Em seguida as duas desaparecem pelo corredor.
"A todo
momento tentei me esquivar, procurei refúgio em um banheiro próximo e fui
perseguida, lugar onde as agressões contra mim ficaram mais intensas, foi nesse
momento que me defendi. Repito: agi somente em legítima defesa", tuitou
Lima.
Monteiro, por sua
vez, publicou uma foto nas redes sociais mostrando um hematoma em seu pescoço,
que teria sido causado por Lima no banheiro do prédio. Ela afirma ter sido
estrangulada e que sua peruca foi arrancada pela colega e jogada no chão.
"O que
dói não são somente as unhadas que levei e os hematomas do estrangulamento no
meu pescoço. O que dói é a humilhação, arrancar minha peruca e jogá-la no chão.
Quem me conhece sabe que tenho alopécia, já falei sobre o assunto milhares de
vezes e não me envergonho disso. Minha peruca é minha e ninguém tem o direito
de arrancá-la a força", tuitou Monteiro.
Ao Globo, Lima
afirmou que o desentendimento começou porque Monteiro não teria gostado do
tempo de 30 minutos dado pela Presidência da Casa para a colega, que era
relatora do projeto da previdência, discursar na tribuna.
— A vereadora
achou que havia sido tempo demais, porque o outro relator ficou só com 15
minutos, mas a parte do meu relatório é mais complexo de se explicar. Por conta
disso, meu tempo ficou maior. Mas ela tinha o tempo de fala dela garantido, no
segundo bloco de fala de defesa do projeto, ela era a primeira inscrita. Isso
gerou uma discussão acalorada, eu tentei fugir, a vereadora me empurrou para o
banheiro, onde essas agressões ganharam escala — declara Lima, que registrou
boletim de ocorrência no 15º Distrito Policial de São Paulo.
Procurada pelo
Globo, Cris Monteiro ainda não se manifestou.
O terceiro
integrante da bancada do Novo na Câmara é Fernando Holiday, que disse que não
vai se pronunciar por enquanto. Nas redes sociais, Monteiro recebeu
solidariedade de correligionários, como o deputado estadual Heni Ozi Cukier, e
de vereadores de outros partidos, como Rubinho Nunes (PSL), Erika Hilton e
Toninho Vespoli, ambos do PSOL.
Em nota, o Novo informou que "não corrobora nenhum ato de violência". "Outras providências poderão ser adotadas após o esclarecimento dos fatos, dentro das instâncias partidárias adequadas", conclui o texto.
A mentira se espalhou, Janaina está nos trends.
— Janaína Lima (@janainalimasp) November 11, 2021
Vamos a verdade:
A vereadora @crismonteirosp me segurou, me colocou contra a parede e colocou o dedo na minha cara por conta de tempo de fala.
Minha postura nesse momento é de acalmá-la e de fuga. (+) pic.twitter.com/xz6t6JVt0B
Blog do Paixão