Reagente será usado para reforçar
investigação de casos suspeitos
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência
Brasil - Brasília
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, hoje (29), em Brasília, o uso imediato e emergencial de 24 mil kits moleculares para diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos (monkeypox). Os reagentes são produzidos pela Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz e ainda estão em análise para aprovação de registro pela agência.
A autorização foi concedida após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos. A diretoria colegiada da agência levou em conta a atual situação epidemiológica emergencial da infecção da varíola dos macacos no Brasil, a limitação da capacidade de resposta laboratorial atual, a quantidade de exames represados, o risco associado à demora no diagnóstico e a necessidade de descentralização dos exames, entre outros fatores.
Uso emergencial
Atualmente, o Brasil tem oito laboratórios
de referência para o diagnóstico da monkeypox, por biologia
molecular, mas não estão dando conta da demanda. Com a autorização de uso
emergencial, o Ministério da Saúde poderá descentralizar a realização do
diagnóstico da doença para a Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública
(Lacen) nos estados e reduzir o tempo de liberação dos resultados aos
pacientes.
Até o momento, não há nenhum teste de
diagnóstico comercial para a varíola dos macacos com registro aprovado na
Anvisa.
"A Anvisa reforça que o acesso a
exames laboratoriais oportunos e precisos de amostras de casos sob investigação
é uma parte essencial do diagnóstico e vigilância desta infecção emergente, a
fim de mitigar a disseminação do vírus e contribuir na avaliação adequada dos
critérios de elegibilidade para acesso a medicamentos e ou vacinas para combate
à infecção", destacou a agência, em publicação para informar sobre a
decisão.
De acordo com a atualização mais recente, o
Brasil tem 4.493 casos confirmados de monkeypox. Outros
4.860 estão suspeita, ainda em investigação. Os dados são do Centro de
Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e do Centro de
Operações em Emergências – COE/Monkeypox, do
Ministério da Saúde.
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