Doença causa paralisia infantil
@Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência
Brasil - Brasília
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Ministério da Saúde promoveu neste sábado (24), em Brasília, vacinação contra a poliomielite e multivacinação, no Parque da Cidade. A atividade contou com a presença do ministro Marcelo Queiroga. Com menos da metade do público-alvo vacinado, o governo federal prorrogou a campanha de vacinação até 30 de setembro.
A estratégia tem como meta mobilizar pais e responsáveis para a imunização de crianças de menores de cinco anos contra o vírus que causa a paralisia infantil e a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos.
"Nós temos um grande desafio, não
permitir que a poliomielite seja reintroduzida no Brasil", disse o
ministro da Saúde. Ele pediu engajamento da população na imunização das
crianças.
"Nós temos 15 milhões de crianças para
vacinar e precisamos que vocês nos ajudem para que possamos trazer os pais e
avós para vacinar pelo menos 95% dessas crianças", explicou. O último caso
de poliomielite registrado foi em 1989, na cidade de Sousa, na Paraíba. O
ministro lembrou que Programa Nacional de Imunizações disponibiliza mais de 22
vacinas para a população brasileira contra diversas doenças.
De acordo com o Ministério da Saúde, o
público-alvo reúne 14,3 milhões de crianças menores de cinco anos de idade,
sendo que crianças menores de um ano deverão ser imunizadas conforme a situação
vacinal para o esquema primário.
Gotinha
As crianças de um a quatro anos deverão tomar
uma dose da Vacina Oral Poliomielite (VOP), conhecida popularmente como
gotinha, desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada
Poliomielite (VIP) do esquema básico. Até agora, cerca de seis milhões de doses
foram aplicadas no Brasil.
Desde 2016, a cobertura vacinal contra a
poliomielite está abaixo de 95%, o índice recomendado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS). No ano passado, menos de 70% das crianças foram vacinadas,
segundo informações do DataSUS.
Além da mobilização contra a poliomielite, o
ato em Brasília tem serviço de aferição de pressão, teste de diabetes e
práticas integrativas, além de serviços de atendimento e encaminhamento médico,
todos gratuitos.
O evento marca também os 32 anos de
implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), concebido pela Constituição de
1988.
Pandemia e monkeypox
Em seu discurso, o ministro da Saúde comentou
a situação atual da pandemia de covid-19 no Brasil, comparando com o período
mais grave da crise, em 2021, quando o país registrava média móvel diária de
mortes superior a três mil pessoas.
"A união de todos fez com que
conseguíssemos superar essa emergência de saúde pública. Hoje, a média móvel de
óbitos é inferior a 70 casos por dia. Ou seja, vivemos em um cenário
epidemiológico mais controlado", enfatizou.
Sobre a varíola dos macacos (monkeypox), o
ministro disse que o SUS conseguiu estruturar uma rede com mais de 15
laboratórios aptos a fazer o diagnóstico, além da aquisição de medicamentos.
"Em breve, chegarão as vacinas, tudo isso é fruto do SUS", afirmou.
Ele também mencionou a ampliação do sistema
de vigilância em saúde, desde o início da pandemia. "Nossa estrutura de
vigilância em saúde triplicou. Os Cievs [Centro de Informações Estratégicas em
Saúde] eram 55 e hoje são 164, muitos dos quais em região de fronteira",
finalizou.
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