ESTADÃO CONTEÚDO
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campanha do
candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou
uma nota nesta terça-feira, 25, em que nega qualquer impedimento de veiculação
de imagens em relação ao tiroteio que paralisou a agenda em Paraisópolis, na
semana passada. Segundo a campanha, houve apenas um pedido para que não fossem
enviadas imagens que expunham as pessoas que estavam no local, incluindo
jornalistas.
Hoje, a Folha de S.Paulo publicou
um áudio em que mostra que um integrante da campanha do Tarcísio mandou um
cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio. De acordo com a
reportagem, após o tiroteio, o cinegrafista e outros profissionais de imprensa
foram levados em uma van da campanha a um prédio usado pela equipe de Tarcísio.
No local, foi perguntado ao profissional da emissora sobre o que ele havia
filmado e a ordem para que ele apagasse as imagens. “Você filmou os policiais
atirando?”, questiona um integrante da campanha. “Não, trocando tiro
efetivamente, não. Tenho tiro da PM pra cima dos caras”, responde o
cinegrafista. O membro da campanha ainda pergunta se ele havia filmado as
pessoas que estavam no local onde o evento com Tarcísio foi realizado. “Você
tem que apagar”, diz o segurança.
De acordo com a campanha do ex-ministro da
Infraestrutura, há uma “grave tentativa de descontextualização do episódio em
Paraisópolis e de interpretação equivocada do áudio divulgado”. “Em primeiro
lugar, o cinegrafista, bem como outros jornalistas que estavam em situação de
risco, foram colocados na van da equipe de Tarcísio para garantir a sua
segurança na saída do local. Nesse momento, foi pedido que não fossem feitas
imagens internas do carro e nem na chegada da base de trabalho da equipe para
que ninguém fosse exposto dada a gravidade do ocorrido”, esclareceu a campanha.
Segundo a nota divulgada, ao chegar na base, um
integrante da equipe perguntou ao cinegrafista se ele havia filmado aqueles que
estavam no local e se seria possível não enviar essa parte do vídeo “para não
expor as pessoas que estavam lá”. “O questionamento foi feito na chegada da
base, após o tiroteio, em frente a todos que lá estavam, incluindo jornalistas
de outras emissoras”, pontua.
“Nunca houve nenhum impedimento por parte da campanha em relação a isso. Qualquer afirmação que questione isso é uma mentira”, afirma.
Por fim, a nota diz que a equipe e o instituto em
que o candidato fazia campanha passaram por um “episódio traumático, no qual
tiveram as suas vidas em risco”, e acusa parte da imprensa e da campanha do
adversário de Tarcísio no segundo turno, Fernando Haddad (PT), de fazer “uso
desrespeitoso” sobre o episódio. “É algo que extrapola qualquer limite referente
a posicionamentos políticos e à própria disputa eleitoral”, conclui.
Blog do Paixão