Governadora eleita também falou sobre a morte do marido no dia do primeiro turno
Por Carlos
André Carvalho
Foto: Reprodução
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m entrevista às
Páginas Amarelas da revista Veja, a governadora eleita de
Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que não se posicionou
no segundo turno para não cair na armadilha da polarização da campanha
presidencial.
A tucana revelou que, numa conversa com ela por
telefone, Alckmin teria se colocado à disposição para ajudá-la. “Achei positiva
sua nomeação para coordenar o governo de transição. Alckmin já foi governador,
sabe dos desafios, e a gente se dá bem. Ele sempre demonstrou simpatia à minha
candidatura ao governo”, completou.
Depois de fazer
duras críticas à gestão do PSB no Estado, dizendo, entre outras coisas, que,
nos últimos 16 anos, o partido fez todo tipo de conchavo e foi se encastelando
dentro do palácio, ela disse que a morte de Eduardo Campos, em
2014, fez Pernambuco andar para trás.
“Trabalhei
com Eduardo Campos já governador por quatro anos, como chefe da assessoria
jurídica, e aprendi muito (...). A vida política é cheia de altos e baixos e
imprevistos, ele dizia. O que não aguentei foram as costuras de Paulo Câmara e,
por isso, deixei o partido em 2006”, revelou.
A governadora eleita
também falou sobre o marido dela, o empresário Fernando Lucena, que
faleceu aos 44 anos de idade, vítima de um mal súbito, na manhã da
realização do primeiro turno. “Fernando foi meu primeiro namorado e, desde os
14 anos, me acompanhou em todos os passos importantes da minha vida. Os meus
sonhos eram os dele, que estava me ajudando na coordenação da campanha, do
panfleto à articulação política”, lembrou.
Ainda sobre o falecimento de Fernando, Raquel deu
detalhes que ainda não havia revelado à imprensa: “No último dia, fizemos uma
carreata do Recife a Caruaru, e meu marido dirigiu o carro. Mais tarde, em um
restaurante, teve dores no estômago e chegou em casa se sentindo mal. Fui tomar
um banho e o encontrei já na cama, dormindo. Nunca mais acordou”, relembrou.
A Veja coloca Raquel como "expoente de uma nova geração de políticos ao virar um jogo que parecia perdido e derrotar Marília Arraes (Solidariedade), apoiada por Lula e integrante do clã que controla a política do estado".
Blog do Paixão