PUBLICIDADE

Type Here to Get Search Results !

cabeçalho blog 2025

História da Televisão: Uma das maiores teledramaturgias da televisão brasileira

 


Dancin' Days inaugurou o estilo de Gilberto Braga, marcado pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas. 

E o nosso caderno e a nossa página “Tunel do Tempo” resgata essa que foi uma das maiores trama da história da televisão brasileira. 

Autoria: Gilberto Braga
Direção: Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dennis Carvalho e Marcos Paulo
Codireção: José Carlos Pieri
Período de exibição:10/07/1978 - 27/01/1979
Horário: 20h
Nº de capítulos: 174


D

ancin’ Days inaugurou o estilo de Gilberto Braga, marcado pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas. Para escrever a história, o autor lançou mão de romantismo e sarcasmo, dois elementos característicos de seu universo ficcional. A trama também tirou partido de Os Embalos de Sábado à Noite, filme de John Badham estrelado por John Travolta que levou milhões de espectadores ao cinema e impulsionou o sucesso das discotecas em todo o mundo. Pouco tempo antes de a novela estrear, fazia sucesso no Rio de Janeiro a discoteca fundada pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta.

Dancin’ Days foi tema, em 1978, de uma reportagem da revista americana Newsweek que destacou a influência da novela sobre os hábitos de consumo dos telespectadores. Além de lançar modismos, como meias coloridas de lurex, ícones de uma geração, a novela promoveu produtos como água-de-colônia e sandália de salto fino. Foram vendidas 400 mil bonecas Pepa, brinquedo da personagem Carminha (Pepita Rodrigues).

A personagem Yolanda Pratini seria interpretada, inicialmente, por Norma Bengell. Porém, a atriz se desentendeu com Daniel Filho, e Joana Fomm, que faria Neide, a empregada de Celina, assumiu o papel. A atriz Regina Vianna foi chamada, então, para interpretar a personagem Neide.

Na trama, sobressaiu o ator Mário Lago, que emocionou o público no papel do sofisticado e nostálgico Alberico, típico morador de Copacabana – cenário recorrente nas histórias de Gilberto Braga. Em janeiro de 1979, a socialite carioca Leda Castro Neves construiu uma discoteca em sua mansão na Barra da Tijuca e distribuiu convites nos quais conclamava fãs de Dancin’ Days a comparecerem vestidas como os personagens da novela e realizarem o sonho de participar de uma das noites de festa e diversão que eram mostradas a cada capítulo. Dezenas de colunáveis atenderam ao chamado e passaram a frequentar a mansão dos Castro Neves. As mulheres vestiam peles de onça, calças de cetim, lamês e tecidos prateados semelhantes aos que a protagonista Júlia usava na novela.

Os telespectadores frequentemente confundiam com a realidade o que viam nos capítulos de Dancin’ Days. Joana Fomm recebia quase diariamente insultos e até propostas indecorosas por telefone, por conta das maldades de sua personagem, Yolanda. Em entrevista na época, Gilberto Braga confessou que até sua cozinheira havia batido o telefone na cara da atriz. “Ela possui um arsenal de informações que teoricamente a impediriam de fazer essa confusão. Ela me vê escrever a novela, dá uma olhadinha no final do capítulo às escondidas, conversa comigo”, contou o autor. “No entanto, quando tentei sugerir que a Joana não tinha nada a ver com a Yolanda, ela respondeu: ‘Sei que o senhor é que escreve aquilo tudo, não sou burra. Bati o telefone outro dia por causa da cara de nojenta que ela fez quando a Júlia entrou no camburão da polícia. A cara não foi o senhor que escreveu, era dela mesmo.’”

O ator Lauro Corona fez a sua estreia nas novelas da TV Globo com Dancin' Days. Seu personagem fazia par romântico com Marisa, interpretada por Gloria Pires, que tinha 15 anos na época.

Dancin’ Days foi a primeira experiência de Marcos Paulo atrás das câmeras. O diretor tinha recém-chegado de Nova York, onde fizera um curso de direção de cinema. A convite de Daniel FilhoMarcos Paulo passou a integrar a equipe de diretores da novela ao lado de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri.

Dancin' Days foi reapresentada entre outubro e dezembro de 1982.

Em 2010, Sonia Braga e Antonio Fagundes se reencontraram em cena no episódio A Adúltera da Urcada série As Cariocas, inspirada no livro homônimo de Sérgio Porto. Seus personagens foram batizados de Júlia e Cacá, assim como em Dancin’ Days, numa homenagem do diretor Daniel Filho à novela de Gilberto Braga.

Dancin’ Days foi apresentada pela rede mexicana Televisa, uma das principais exportadoras de telenovela do mundo. Foi a primeira vez que o México, país com forte tradição na produção de teledramaturgia, exibiu uma novela brasileira.

A novela foi apresentada em cerca de 40 países, entre eles: Argélia, Bélgica, Bolívia, China, Colômbia, Espanha, França, Polônia, Portugal e Uruguai. Na Itália, chegou a alcançar um público médio de quatro milhões de espectadores por capítulo.

Em outubro de 2011, Dancin Days foi reeditada e lançada em DVD pela Globo Marcas.

Dancin' Days ganhou um remake em 2012, escrito por Pedro Lopes, numa parceria da SIC com a Globo.

Ficha Técnica

ELENCO

Abelardo de Abreu – Álvaro
Anazelma – Marly
Antonio Fagundes – Cacá
Ary Fontoura – Ubirajara
Beatriz Segall – Celina
César Augusto – China
Claudio Correa e Castro – Franklin
Cleide Blota – Emília
Chica Xavier – Marlene
Diana Morel – Anita
Eduardo Tornaghi – Raul
Fernando Amaral – Cunha
Fregolente – Veiga
Gloria Pires – Marisa
Gracinda Freire – Alzira
Ivan Cândido – Aníbal
Ivete Milozsky – Stella
Jacqueline Laurence – Solange
Joana Fomm – Yolanda Pratini
Jorge Ramos – Diretor de Penitenciária
Jorge Reis – Motorista de Yolanda
José Lewgoy – Horácio
Júlio Luís – Paulo César
Lauro Corona – Beto
Lourdes Mayer – Esther
Lídia Brondi – Vera
Lúcia Maria
Lucia Dahl – Maria Lúcia
Mário Lago – Alberico Santos
Mauro Mendonça – Arthur
Milton Moraes – Jofre
Mira Palheta – Bibi
Murilo Nery – Conselheiro Carrazedo
Neusa Borges – Madalena
Ney Latorraca
Orion Ximenes – Bandeira
Osmar de Mattos – Ricardo
Pepita Rodrigues – Carminha
Rachel Mazza – Neuza
Regina Vianna – Neide
Reginaldo Faria – Hélio
Rejane Schumann – Luciana
Renato Pedrosa – Everaldo
Rose Addario – Amiga de Hélio
Sandra de Campos – Dirce
Sandra Pêra
Selma Lopes – Jandira
Sônia Braga – Júlia Matos
Sura Berditchevsky – Inês
Suzana Faini – Anita
Suzana Queiroz – Leila
Yara Amaral – Áurea
Zeca – Edu

EQUIPE

Produtor artístico: Sérgio Dionísio
Produtor administrativo: Anthony Ferreira
Coordenador de produção: Almeida Santos
Cenógrafo: Mário Monteiro
Figurinista: Marília Carneiro
Iluminador: Jorge Coelho
Sonoplasta: Roberto Rosemberg
Maquiador: Paulo Carias
Editores: João Paulo de Carvalho e Luiz Carlos Mascarenhas
Diretor de TV: Cassiano Filho
Continuistas: Antônio Carlos Marques e Débora Regina Rocha
Equipe de produção: Ronaldo Meirelles, Carlos Alberto Marins e Avehorne Wanderley
Equipe cenográfica: Marcus Monteiro e Pedro Félix
Figurinista assistente: Elizabeth Filipeck
Cabeleireiras: Lucimar Rocha e Lourdes Ribeiro
Assistente de maquiador: Arlete de Paula e Therezinha de Souza
Equipe de guarda-roupa: Laurita Leite, Deolinda Severo, Celso Santos, Jonas Monteiro, William de Souza, Gustavina Gomes, Lucy Diniz, Maria da Penha e Neuza Teixeira
Equipe de contra-regras: Homero Tortelote, William Amaral, Silvio Justino, Pedro Garcia, Hélio Guimarães, José Pereira e Luiz Felipe
Abertura: Hans Donner
Trilha sonora: Som Livre
Produção musical: Guto Graça Mello
Coordenador musical: João Aráujo
Coreógrafo: Carlinhos Machado
Chefia de operações: Joel Motta
Supervisores técnicos: Nélio Garcia e Ivan Ferreira
Operadores de câmera de estúdio: Luiz Alberto, Sérgio Costa e Marcio Tanaka.
Operadores de câmera portátil: Pedro Pelicano
Operador de vídeo-tape: Antonio Fernando Silva
Operadores de áudio: Rodrigo Antônio, Mazoel de Lima, Pedro de Oliveira e Marcílio Tavares Alves Supervisão: Daniel Filho




















Fonte: Memória Globo


Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo Admin.

Publicidade Topo

Publicidade abaixo do anúncio