A |
Copa
do Mundo FIFA de 2006 ou Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA de 2006( realizou-se na Alemanha. Foi a 18ª
edição da Copa do Mundo da FIFA de Futebol, tendo como campeã a Itália. Pela
segunda vez a Alemanha foi o país-sede (a primeira vez foi no ano de 1974,
como Alemanha Ocidental, e o único pré-classificado.
A escolha da Alemanha como
país-sede do evento se deu em detrimento da África do Sul (que posteriormente
sediou a edição de 2010 do campeonato), Marrocos, Brasil e Angola.
Alemanha se
emociona e Itália leva o título
Os italianos devem o título da Copa do Mundo 2006
sobretudo ao fato de terem sido uma equipe unida. Sem dúvida nenhuma, a imagem
que ficará na memória será a do momento em que Zinedine Zidane perdeu o
controle no Estádio Olímpico de Berlim e deu uma cabeçada no peito do italiano
Marco Materazzi. Porém, há muito mais a ser lembrado sobre o tetracampeonato
italiano.
Dirigida pelo treinador Marcello Lippi, que levou
a Juventus de Turim a uma série de sucessos, a seleção italiana conseguiu tirar
motivação do escândalo de compra e manipulação de resultados na loteria
esportiva no país. Além da qualidade individual dos seus jogadores, a Itália
contou também com a força e o entrosamento do grupo. Dos 23 jogadores de
Marcello Lippi, 21 tiveram chance de jogar, e dez deles aproveitaram a
oportunidade e marcaram gol.
À frente do extraordinário goleiro Gianluigi
Buffon, o capitão Fabio Cannavaro comandou com excelência a melhor defesa da
história das Copas: a Itália só sofreu dois gols, sendo um contra e um de
pênalti. No meio-campo, Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso formaram uma dupla que
combinou força e técnica. Os laterais Gianluca Zambrotta e Fabio Grosso com
suas descidas pelas laterais também não podem ser esquecidos.
Grosso não apenas marcou o gol que abriu caminho
para a sensacional vitória italiana na semifinal contra a Alemanha, como também
converteu o pênalti que deu a vitória à Azzurra na final contra a França. Com
isso a Itália venceu pela primeira vez uma Copa nos pênaltis, deixando para
trás o trauma da final de 1994.
Mas a Copa do Mundo da FIFA 2006 não foi um
sucesso só para os italianos. A jovem seleção alemã do treinador Jürgen
Klinsmann chegou ao terceiro lugar jogando um futebol rápido e ofensivo. O
melhor ataque da competição foi o dos anfitriões, com 14 gols no total, cinco
deles marcados por Miroslav Klose, que levou o prêmio Chuteira de Ouro
oferecido pela adidas. O companheiro de ataque Lukas Podolski balançou três
vezes as redes e recebeu o Prêmio Gillette de jogador revelação.
A seleção de Klinsmann realmente contagiou a
Alemanha em 2006. O velho estereótipo de futebol de resultados dos alemães foi
superado pela jovem equipe com performances eletrizantes. Além disso, uma
apaixonada torcida que cumpria dentro e fora dos estádios o lema da Copa
("O mundo entre amigos") produziu uma onda de alegria que acabou
entusiasmando toda a população. Milhares de pessoas lotaram em todo o país as
festas de rua organizadas para os torcedores, e a competente organização alemã
ganhou respeito ao redor do planeta.
As quatro semanas de futebol na Alemanha
conseguiram entusiasmar não só os 3.359.439 espectadores que compareceram a um
dos 12 fantásticos estádios para acompanhar de perto as disputas (sem contar as
milhões de pessoas que assistiram aos jogos nos telões colocados nas ruas), mas
uma audiência estimada em mais de 30 bilhões de torcedores por meio de diversos
veículos de comunicação no mundo todo. Todos as atenções estavam voltadas para
as 32 seleções participantes, desde Angola aos Estados Unidos. Em uma maratona
de 64 jogos e com um total de 147 gols, essas 32 equipes emocionaram,
encantaram e, em alguns momentos, levaram ao desespero bilhões de pessoas ao
redor do mundo.
Zinedine Zidane teve uma despedida memorável e
contribuiu muito para que o selecionado de Raymond Domenech chegasse à final em
Berlim depois de vencer Espanha e Brasil. Pelo seu ótimo desempenho, ele levou
para casa a Bola de Ouro. Mas, mesmo com um gol contra a Itália oito anos
depois de também ter deixado a sua marca na final de 1998, Zidane acabou não
tendo o final feliz com que sonhava.
Portugal também tem motivos de orgulho: o craque
Cristiano Ronaldo representou uma das grandes forças individuais do torneio e
ajudou a seleção a chegar à semifinal, igualando o feito de 1966. Campeão com o
Brasil em 2002, o treinador Luiz Felipe Scolari chegou perto da segunda final,
mas acabou saindo da disputa ao perder para a França nas semifinais.
Apesar de só seleções europeias terem participado
das semifinais, outros países também deixaram boa impressão. Antes da
eliminação nas quartas-de-final com a amarga derrota para a Alemanha nos
pênaltis, a Argentina mostrou um empolgante futebol de toque de bola, como na
sequência de 24 passes que culminou com o gol de Esteban Cambiasso, fechando a
goleada de 6 a 0 contra Sérvia e Montenegro. Talvez tenha sido também de um
argentino a melhor performance individual da Copa: Maxi Rodríguez marcou um
golaço de voleio nas oitavas-de-final, definindo a vitória contra a forte
seleção mexicana.
Motivos de orgulho também não faltam às seleções
africanas estreantes. A Costa do Marfim, por exemplo, ainda que tenha perdido
para Argentina e Holanda, dificultou bastante a vida de ambas. Angola obteve
empates tanto com o México quanto com o Irã, enquanto Gana conseguiu com o seu
futebol ofensivo, articulado pelos craques Stephen Appiah e Michael Essien,
ganhar inclusive da respeitada seleção da República Tcheca e dos Estados
Unidos, antes de ter sido eliminada pelo Brasil nas oitavas-de-final.
Quem também brilhou foi a seleção estreante de
Trinidad e Tobago, que, apesar de ter lutado muito contra a Suécia, não
conseguiu sair do 0 a 0. Equador sobreviveu pela primeira vez à fase de grupos,
batendo a Polônia e a Costa Rica. E a seleção da Austrália venceu de virada e
com muita raça o Japão, com três gols nos últimos dez minutos de jogo, chegando
às oitavas-de-final. Também está de parabéns a defesa suíça, que no tempo
regulamentar de quatro partidas não sofreu um gol sequer.
Também houve grandes decepções na Copa do Mundo da
FIFA 2006. Apesar de Ronaldo ter marcado o seu 15º gol, convertendo-se no maior
artilheiro da história da competição, a seleção pentacampeã do Brasil ficou
abaixo da expectativa. Assim como a Inglaterra, o Brasil chegou às
quartas-de-final, mas isso não satisfez nem de perto as expectativas, inclusive
dos próprios jogadores. As seleções asiáticas não conseguiram repetir o sucesso
de 2002 e tiveram de se despedir cedo do torneio. Em uma estatística negativa,
desde 1990 a fase de mata-mata não tinha tão poucos gols. Para concluir, também
não houve muitas surpresas, com exceção da estreante Ucrânia, que chegou às quartas-de-final
e só foi eliminada pela Itália — o que não foi nenhuma vergonha, já que a
Itália foi a grande campeã da Copa do Mundo da FIFA 2006.
Informações do site: https://www.campeoesdofutebol.com.br
Blog do Paixão