Lei orçamentária garante Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem
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m dia após a promulgação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que abriu espaço no Orçamento para despesas por meio da alteração da regra do teto de gastos, foi aprovado nesta quinta-feira (22) na Comissão Mista de Orçamento e, em seguida, no plenário do Congresso Nacional, o relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta orçamentária para 2023.
Entre outros
pontos, o texto garante a viabilidade de promessas feitas na campanha pelo
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como o pagamento de R$ 600 do
Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, em 2023,
além do adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. O salário mínimo em 2023
também vai ser um pouco maior a partir de 1º de janeiro, R$ 1.320. A proposta do governo Bolsonaro previa R$ 1.302.
Com a revisão dos números a partir a promulgação da Emenda
Constitucional da Transição, o espaço fiscal foi ampliado para R$ 169,1
bilhões. O teto de gastos da União passou de R$ 1,8 trilhões para R$ 1,95
trilhões. Além disso, o valor que será destinado para manutenção e
desenvolvimento do ensino, passou de R$ 119,8 bilhões para R$ 130,6 bilhões. O
montante mínimo em 2023 é de R$ 67,3 bilhões.
O substitutivo de Castro aprovado hoje prevê
a aplicação de R$ 173,1 bilhões para ações e serviços públicos de saúde. O
montante é maior que o valor mínimo exigido a ser aplicado na área, R$ 149,9
bilhões. A peça orçamentária também manteve a estimativa de déficit primário de
R$ 231,5 bilhões. O acréscimo de R$ 63,7 bilhões, em relação à proposta enviada
pelo Executivo, é reflexo da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões e
pelo espaço fiscal adicional de R$ 23 bilhões gerado pela exclusão desse teto
de despesas com investimentos.
Orçamento
secreto
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela inconstitucionalidade das emendas
de relator (RP9), conhecidas como orçamento secreto, em uma complementação de
voto, Castro redistribuiu os R$ 19,4 bilhões em emendas de relator previstas
para o próximo ano: serão R$ 9,6 bilhões para emendas individuais e R$ 9,8
bilhões sob controle do governo federal, para execução dos ministérios.
Blog do Paixão