Elisabete Tenreiro morreu esfaqueada por um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro. Segundo a família, ela se aposentou do Instituto Adolfo Lutz em 2020 e se dedicou a dar aulas. Estava na escola do ataque desde o começo do ano e tinha a educação como uma missão.
Por g1 e TV Globo — São Paulo
Elisabete Tenreiro, 71. Professora morreu em ataque na E.E. Thomazia Montoro, na Vila Sônia. — Foto: Arquivo Pessoal
· Um estudante do oitavo ano, de 13 anos de idade, esfaqueou quatro professoras e um colega dentro da escola nesta segunda-feira. Uma das educadores teve uma parada cardíaca e morreu após o ataque.
· Elisabete Tenreiro atuava na escola desde o início do ano e, segundo relato de uma de suas filhas, era querida por alunos nos outros colégios por onde passou.
· Câmeras de segurança registraram o momento em que o assassino atingiu uma das professoras com a faca pelas costas, e também o instante em que ele foi desarmado por duas educadoras.
Elisabete Tenreiro, de 71 anos, professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, morreu nesta segunda-feira (27) após ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula. Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos.
A educadora se aposentou como técnica do Instituto Adolfo Lutz em 2020, mas continuou dando aulas de ciências. Era professora desde 2015 e começou a atividade na escola Thomazia Montoro neste ano.
Segundo uma das filhas, ela tinha a educação como missão e era querida pelos alunos das escolas por onde passou.
"Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou."
Elisabete teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Ciências e atuava na unidade desde o começo do ano.
O ataque
Câmeras de segurança mostram que os ataques ocorreram dentro da sala de aula. Em vídeos registrado pelo circuito interno é possível ver o agressor atingindo uma das vítimas pelas costas (assista acima).
Inicialmente, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos.
A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.
Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cumpre agenda fora do país, lamentou por meio das redes sociais "Não tenho palavras para expressar a minha tristeza", escreveu ele.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. "Uma tragédia que nos deixa sem palavras", disse.
Blog do Paixão