“Não sou lá essas coisas” – Ademir da Guia
Para a torcida, ele é meio time. Para Brandão, “só um dos 11 jogadores”. Para seus colegas, ele é o mestre. Para ele mesmo, Ademir é “um jogador com deficiências, em boa fase”.
Por Carlos Maranhão
Ele é capaz de dizer coisas assim, com tanta naturalidade que nem parece modéstia:
- Sou um jogador limitado, com muitos defeitos. O Pelé, por exemplo, já foi completo – hoje não é mais. Eu tenho consciência de que não chuto forte, de que não sei cabecear e que marco mal.
Mas ele, com a mesma serenidade com que conduz a bola no meio de campo, analisa friamente suas próprias qualidades:
- Desmarco-me bem, lanço bem, entrego bem, sei dar ritmo ao time. Só não me julgo indispensável ao time, como chegam a dizer. Acontece que a bola passa sempre pelo meu pé. Só isso.
Mais maduro
Para a torcida, Ademir da Guia, aos 30 anos, a melhor fase de sua carreira. E para Ademir da Guia?
- Olha, eu acho que sim. Atualmente, estou mais maduro, como homem e como jogador. Ainda não chuto forte, mas já me arrisco a bater pênalti. Continuo não cabeceando bem, mas isso é problema de impulsão e, além do mais, não chega a prejudicar muito um armador. Não aprendi a marcar bem, mas de vez em quando consigo destruir. E no meio-campo, com o tempo, a gente acaba melhorando.
Essa é uma síntese dos grandes jogadores do Palmeiras e, no material completo outros craques que marcaram época como César, Edu, o próprio Ademir da Guia, Luís Pereira, Leivinha, Dudu (sem ser o atual), Beto Fuscão, Jorge Mendonça, Aragonés, Emerson Leão, Jorginho, Edu Manga, Mirandinha, Roberto Carlos, Edmundo, Amaral, Djalminha, o paraguaio Arce, Alex, Marcos e Rivaldo são destaques nesta edição especial de Placar.
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