ESPIRITUALISMO
Segundo Chico Xavier, morrer é
apenas mudar de casa. E a vida é uma tarefa que devemos como operários de Deus.
Mas quem dita o que ele diz, em 50 anos de mediunidade, é o espírito do Padre
Manoel da Nóbrega.
Por Ivandel Godinho / Fatos &
Fotos - Gente
Na primeira vez que entrevistei Chico
Xavier, em novembro de 1975, eu tinha no bolso cerca de trinta perguntas
sugeridas pelos colegas da redação, de acordo com as convicções religiosas ou antiespiritualistas
de cada um. Havia de tudo, na lista. Mas, eu me recordo de algumas bem
irreverentes: “Pergunta qual é a dele”, “Afinal, ele é capaz de curar alguém só
com o olhar?”, “Ele tem medo da morte?”, “Chico é existencialista?”, “Qual é o
número da conta dele na Suiça?”.
Quando voltei, descrevi um home
de aspecto frágil, de voz suave, extremamente simples e incapaz de sugerir qualquer
expressão mística. A meu ver, ele desfazia a imagem do taumaturgo que muita
gente lhe atribuía. E, na verdade, tratava-se de uma personalidade impressionante.
Agora, volto a Uberaba, no momento em que Chico completa os seus 50 anos de mediunidade
e constato que sou um dos raros jornalistas brasileiros a se interessar pelo
assunto. No entanto, os livros psicografados ou escritos por Chico superam em
tiragem e venda autores famosos como Érico Veríssimo, Jorge Amado e José Mauro
de Vasconcelos. Ele já escreveu 160 volumes, dos quais foram vendidos cerca de
5 milhões de exemplares. Suas obras estão traduzidas para o inglês, o alemão, o
francês, o espanhol, o japonês e o grego. E quando ele aparece na televisão, bate
recordes de audiência.
Blog do Paixão