Presidente do União Brasil
participou de entrevista ao Programa Folha Política na manhã desta sexta
Por Vitória Floro /
Folha de Pernambuco
Atual presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho almeja disputa da vaga ao Senado pela Frente Popular - Foto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco
Mesmo que faltem mais de 290 dias
para o começo de 2026 e, mais ainda para o período eleitoral do próximo ano, as
movimentações políticas para as vagas do Senado já se estruturam em volta dos
possíveis nomes.
Uma das peças-chave neste
jogo é o presidente estadual do União Brasil em Pernambuco, Miguel Coelho, que
almeja uma das vagas na Frente Popular, atualmente pertencentes a Humberto
Costa (PT) e Fernando Dueire (MDB).
Nesta sexta-feira (14), Miguel
esteve na sede da Folha de Pernambuco e foi recebido pela
Vice-Presidente, Mariana Costa; o Diretor Operacional, José Américo e a
Editora-Chefe, Leusa Santos.
Miguel Coelho roi recebido pela equipe da presidência e diretoria da Folha de Pernambuco. Foto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco.
Ele concedeu uma entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM, com apresentação do jornalista João Batista e participação da colunista Betânia Santana.
Durante a conversa, o presidente
comentou o cenário eleitoral de Pernambuco para 2026, destacou seu compromisso
com o fim da polarização política e teceu comentários sobre seus possíveis
adversários no futuro pleito.
Polarização
Em uma eleição que, antes mesmo
de começar, já esboça prelúdios da repetição de um cenário político polarizado,
Miguel deixou claro que pretende centralizar a sua posição e fugir dos
extremismos.
“Quando me perguntam se sou de esquerda ou direita, respondo: resultado. O povo está cansado de esperar e quer ver ações concretas dos governos estaduais. Respeito a esquerda e a direita, mas respeito ainda mais as pessoas que elegeram seus líderes e exigem resultados”,- destacou.
Ao considerar qual espectro
ideológico melhor contempla seus ideais atuais, o presidente se autointitulou
como um “político de centro”, que tenta fugir ao máximo das narrativas
polarizadas.
“Me considero um político de centro, mas, acima de tudo, alguém que está cansado da polarização. Quem tenta se refugiar ou se esconder entre Bolsonaro e Lula foge do ponto principal, que é a qualidade de vida das pessoas”.
Ainda que tenha apoiado a
reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a disputa de 2022 contra
Lula (PT), o ex-prefeito de Petrolina deixou claro que o foco de seus planos
políticos para 2026 envolvem, prioritariamente, a entrega de resultados e a
elaboração de uma liderança que agregue todos os cidadãos, independente de suas
escolhas partidárias.
“Eu me considero um político de resultado: se a ideia da esquerda for boa, vamos fazer; se a ideia da direita for boa, vamos fazer. O que precisamos, acima de tudo, é parar de enrolar e evitar narrativas que desviam o foco dos problemas reais. O povo está cansado de esperar e quer ver ações concretas dos governos estaduais, municipais e federais, assim como de seus representantes no Legislativo”, afirmou em alusão às cobranças que tem feito ao senador Humberto Costa.
Senado
Chamado de “Bolsonarista que,
depois da eleição, mudou de posição”, por Humberto Costa, Miguel Coelho
destacou não ter levado a provocação para o lado pessoal, mas afirmou que não
deixará de fazer as cobranças necessárias. A fala do senador aconteceu em reação
ao questionamento feito por Miguel sobre a aplicação dos recursos das emendas
parlamentares do senador petista em Pernambuco.
“Não considero essa discussão uma antecipação da campanha para 2026 nem uma troca de farpas. Minha pergunta é simples e legítima: qual é o papel de um senador? Quem ocupa um cargo público deve ser cobrado, pois o mandato não pertence a um partido, mas ao estado. Questionei o uso das emendas de Humberto e Dueire, cujos mandatos terminam em breve, e é natural perguntar quais foram suas ações nos últimos oito anos. Tenho respeito por ambos, mas é preciso abrir esse debate para que a sociedade avalie seu trabalho e entenda como o Senado pode servir melhor a Pernambuco”, avaliou.
Quanto aos nomes que estão sendo
cogitados para a futura disputa do Senado, Miguel reconheceu a legitimidade das
candidaturas que deverão surgir e ressaltou a necessidade de uma escolha que
renove os métodos do fazer político no estado.
“É legítimo que todo partido defenda seus quadros. No União Brasil, além de mim, há nomes como Mendonça Filho e Fernando Filho, que também poderiam disputar cargos majoritários. Além disso, existem ainda as outras personalidades que estão na disputa. No momento certo, caberá ao candidato ao governo avaliar quem mais contribui, se diferencia e tem conexão com o eleitorado. Mas é preciso mais do que nomes — há décadas falamos do Arco Metropolitano, do metrô, dos hospitais públicos. Se as soluções antigas funcionassem, esses problemas já estariam resolvidos. É hora de renovar ideias, ter coragem para enfrentar debates e virar a página".
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