quarta-feira, abril 13, 2016

Alepe fará relatórios com dramas de mães de bebês com microcefalia

Famílias participaram, nesta quarta-feira (13), de audiência pública.
O primeiro documento será entregue ao governo no próximo dia 21.


Os dramas das famílias de bebês que nasceram com microcefalia associada ao vírus da zika foram o tema principal de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco(Alepe), na manhã desta quarta-feira (13).  As mães dessas crianças apostaram na oportunidade de cobrar do estado um posicionamento concreto. Elas ainda esperam resultado prático e uma “atitude” do governo. Reuniões como essa vão facilitar a elaboração de dois relatórios da comissão especial do Legislativo que acompanha os casos de mlaformação no estado.






Mãe de bebê com microcefalia Germana (Foto: Thays Estarque G1)Germana Soares comanda entidade
(Foto: Thays Estarque G1)
O primeiro relatório é  parcial e será enviado ao estado no dia 21 de abril. O segundo está previsto para ser entregue em julho deste ano.  Na lista de queixas estão:  a precariedade do atendimento no interior,  liberação do benefício pela Previdência Social, falta de medicamentos e o atraso no resultado de exames. Além das reclamações, os documentos contarão com propostas de melhorias nos serviços.

Para a presidente da União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares, a situação é bem complicada. "É um absurdo. Se está ruim para quem vive na Região Metropolitana do Recife imagina para essas mães que estão no interior. Há  bebês de quatro a seis meses que nunca passaram por um neurologista.  A criança fica convulsionando e nem a cidade dá um centro de reabilitação e nem o estado disponibiliza transporte", declara.

A presidente da Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia, a deputada Socorro Pimentel (PSL), alega que o colegiado vem visitando os principais hospitais de referência de Pernambuco como o Cisam, Oswaldo Cruz, Fundação Altino Ventura e AACD, há três
meses.  O objetivo, segundo ela, é saber o que está sendo implantado pelo governo do estado.

"Queremos levar propostas viáveis de suporte e melhores qualidades de atendimentos para essas mães e seus filhos", comenta a deputada.
Quanto ao atendimento no interior, a parlamentar diz que a comissão chegou a visitar a primeira, oitava e nona regiões de saúde. No entanto, pedirá que a comissão seja prorrogada por mais três meses para acompanhar as outras regionais.
"Nessa fase de prorrogação, a gente vai visitar a de Caruaru (Agreste), Serra Talhada(Sertão) e Arcoverde(Sertão) para que a gente possa ver as dificuldades que passam os gestores e essas mães de regiões mais distantes do nosso estado. Queremos também puxar a responsabilidade para os municípios", concluiu Pimentel.

De acordo com o promotor Édipo Soares, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem acompanhando os casos desde novembro do ano parado, quando  foi percebida a epidemia das arboviroses e da associação da microcefalia com o vírus da Zika. Por isso, os promotores adotaram uma postura de fiscalização das ações de enfrentamento ao Aedes aegypt no estado e nos municípios.

"Agora, precisamos ter um olhar mais humanizado para essas crianças e famílias. Precisamos ficar atentos se os direitos delas estão sendo atendidos. O dinheiro que está sendo investido no SUS está muito aquém do que se precisa para garantir o princípio da universalidade de serviços"

DO G1 PE

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