- Alipio dos Santos e Ricardo do Nascimento, suspeitos de espancar o ambulante Luiz Carlos Ruas até a morte
Os dois homens suspeitos de agredirem até a morte o vendedor ambulante Luís Carlos Ruas, 54, em uma estação do Metrô de SP foram identificados pela Polícia Civil nesta segunda-feira (26) e são considerados foragidos. Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, os agressores foram identificados com base nas imagens fornecidas pelo Metrô.
Luís Carlos Ruas foi agredido pelos dois homens por volta das 22h25 de domingo (25) e morreu após ser espancado na estação Pedro II, na linha 3-vermelha do Metrô, na região central da capital paulista.
Segundo a SSP-SP (Secretária de Segurança Pública), foi pedida a prisão temporária de Ricardo Martins do Nascimento, 21, e Alípio Rogério Belo dos Santos, 26. Eles são primos e foram reconhecidos por familiares nas imagens apresentadas pela polícia. Ambos responderão pela agressão a Ruas e duas outras vítimas.
De acordo com informações da polícia, a vítima vendia salgados e refrigerantes do lado de fora da estação quando teria tentando defender um homossexual que estava sendo agredido pelos dois homens - que passaram então a agredi-lo com violência.
Ruas ainda tentou correr em direção à bilheteria da estação, mas foi perseguido pelos agressores, que continuaram a atingi-lo com vários golpes. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Vergueiro, na zona sul de São Paulo, mas não resistiu.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) não descarta que os dois homens sejam integrantes de grupos de intolerância.
Um evento popular para esta terça-feira (27), na própria estação Pedro II, está sendo organizado via Facebook em solidariedade a Luís Carlos Ruas e para pedir a apuração do caso e a prisão dos suspeitos. (Com Agência Estado)
"Ele só tentou me defender", diz homossexual sobre ambulante morto no Metrô
Por Jovem Pan
Morto por espancamento na noite do último domingo, em São Paulo, o vendedor ambulante Luis Carlos Ruas, de 53 anos, foi covardemente agredido por dois homens dentro da estação Pedro II do Metrô. A vítima foi perseguida porque havia tentado defender um homossexual do lado de fora da estação.
Este homossexual, conhecido como Brasil, conversou com a repórter Helen Braun, da Rádio Jovem Pan, e relatou os momentos que antecederam a morte de Luis Carlos Ruas. De acordo com Brasil, os dois homens, que são primos, começaram a agredi-lo sem mais nem menos, quando ele saía do trabalho.
"Foi tudo muito estranho. Eu estava saindo do local onde trabalho, e, do nada, surgiu um jovem meio forte, que começou a me dar socos. Aí, apareceu outro, e começou a me chutar. Não houve nenhuma troca de palavras. Apenas agressões. Um amigo meu, que é travesti, chegou para me ajudar e também apanhou", afirmou.
Foi neste momento que Luis Carlos Ruas, também conhecido como Índio, tentou intervir. "Ele só tentou me defender. Chegou e falou: 'não bate nele. O que ele fez?'. E voltou para o carrinho dele... Foi quando os dois correram atrás dele. Ele apanhou até morrer", lamentou Brasil.
"Eu o conhecia há 15 anos. Ele era um senhor muito agradável, de família. Nunca se envolveu em confusão com ninguém. Era uma pessoa que trabalhava das 6h às 23h. Ele viva pela família e pelo trabalho", finalizou.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso e informou que já identificou os agressores, que, neste momento, são considerados foragidos. Há a possibilidade de os assassinos terem envolvimento com um grupo de intolerância.
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