Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram 120 casos notificados.
Especialistas descartaram 26 deles. Ao todo, 31 tiveram laudos inconclusivos e
cinco continuam em investigação.
Por
G1 PE
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Mosquito Aedes aegypti transmite os vírus da chikungunya, dengue e zika (Foto: John Eisele/Colorado State University Photography) |
Ao menos 16
pessoas morreram com suspeita de ter contraído doenças neuroinvasivas
relacionadas a arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, durante o
ano de 2016. A Secretaria de Saúde de Pernambuco registrou ao menos 58
ocorrências de moléstias, que são manifestações atípicas da infecção por dengue
e chikungunya, já que não há registro associado ao vírus da zika.
Os dados foram
repassados pela secretaria, na manhã desta quarta-feira (17). Ao todo, houve a
notificação de 120 casos suspeitos. Vinte e seis foram descartados, 31 tiveram
exames inconclusivos e cinco ainda continuam em investigação.
As notificações
começaram a ser obrigatórias em maio de 2016 e passaram a ser feitas pelos
Hospitais da Restauração e Correia Picanço, no Recife, e Mestre Vitalino, em
Caruaru, no Agreste. Ao todo, 102 casos de doenças neuroinvasivas foram
diagnosticados na Restauração, sendo outros 12 no Correia Picanço e seis em Caruaru.
A maior parte dos casos (64%) ocorreu entre 29 de maio e 3 de dezembro de 2016,
período que já apresentava uma baixa nas notificações de arboviroses no estado.
As doenças
neuroinvasivas geralmente se caracterizam pelo início agudo de febre, com
rigidez de nuca, alteração do estado mental, convulsões, fraqueza muscular. Dos
120 ocorrências notificadas, 40 tiveram como hipótese a síndrome de
Guillain-Barré (SGB), doença neurológica autoimune que pode estar associada a
infecções virais. Também foram registradas 21 ocorrências para mielite, 17 para
meningoencefalite e 17 para encefalite.
Os 58 casos de
doenças neuroinvasivas prováveis para infecção por arboviroses, cinco tiveram
resultado laboratorial positivo de infecção por chikungunya (até 10 dias do
início da infecção). Os demais 53 tiveram resultado positivo para chikungunya
e/ou dengue. Ainda de acordo com a secretaria, a média de tempo entre a
infecção por arbovirose e e o início do quadro neurológico foi de 8,5 dias.
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