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HISTÓRIA DE ARARIPINA: Dona Júlia, Rua do Padre, Araripina e sua gente do lado de cá.


Dona Júlia / Foto: Acervo
cada fato contado aqui, seja de pessoas tidas importantes que ficaram nos anais da história da nossa amada Araripina, seja de gente simples, trabalhadora, que sofreu e sofre todas as agruras de conviver em um pedacinho do sertão pernambucano castigado por secas sequenciais e duradouras, mostraremos o quão é interessante reviver o passado para pensar no presente e acreditar no futuro.

Tudo isso me faz remontar as minhas origens das casas construídas sobre as pedras da famosa Rua do Padre, enfileiradas como um projeto arquitetônico traçado para acomodar gente simples, que enfrentava anos e períodos difíceis, mas que ria, que chorava, que brigava, aquele velho bate boca que chamava a atenção de toda a vizinhança, que podia soar esdrúxulo para a gente grã-fina daqueles tempos, mas que era comum para aquela comunidade paupérrima de cima e de baixo do trecho.


Dona Cícera (sentada), Cleonice com Fabíola nos braços, Minha Vó Avelina, Gorete e por trás, Luzinete e Carlos.


Osmar Pereira e Maria - Foto: Arquivo Pessoal

O lugar ainda se preserva muita coisa, principalmente os moradores, alguns antigos, outros descendentes, as bodegas (hoje transformadas em mercadinhos), o modo de vida humilde, a falta de ações do poder público, enfim, é a velha Rua do Padre, cercada pelo entorno da Rua 1º de maio, 07 de setembro, ligando a Rua Pedro Barreto Alencar, 11 de Setembro (na travessa que chega à casa de Dona Dôra e de Tia Maria de Osmar) Rua da Canastra, Rua Henrique Alves Batista, Rua Jose Arnaud Campos...são tantas lembranças que a melhor maneira de reviver é contando história.



Lá ao fundo consegue se avistar a Rua do Padre. Fotos: Arquivo

Logo na subida no trecho que virou central para identificar a Rua do Padre já pavimentado com paralepípedo, ficava o “Bar de Dona Júlia”, famoso naquele tempo por atrair pessoas de outros trechos pela conhecida culinária que do doce de leite, da buchada, da cerveja gelada, a tripa, o peixe, entre outras delícias confeccionada pelas mãos de fada da prendada Dona Júlia,dona de uma peculiaridade ímpar na arte de cozinhar movimentava mais ainda o já frenético bairro.

Dona Júlia era uma espécie de “Senhora do Destino” do bairro, mãezona de todos, respeitada, gozava de credibilidade na comunidade. Em verdade, o Bar de Dona Júlia, onde meu pai tomava todas nos finais de semana, sempre entoando a canção “Verônica” de Maurício Reis à capela, fica na Rua José Arnaud Campos, bem no final do logradouro, mas que era o point da galera da Rua do Padre e do bairro todo.

E nesse cantinho de Araripina, além da famosa dona Júlia (de Grelo) que encontra-se debilitada, outras pessoas interessantes como Tia Joaninha, Dona Severina (mãe de Ticô), Maria de Galego, Dona Graça, Seu Geraldo, Tia Zita, Tia Maria, Osmar (o futebolista), Rivone, Minha Saudosa Vó Avelina de Lira, Dona Francisca (mãe de Itinho, Carocita, Wellington), Seu Vitório, Racha, Seu Valdeci (esposo de Dona Francisca), Seu Alcides e Dona Vera, Baleco, Dona Bastinha, Dona Nieta, Zé das “Muié”, Zé Birrim, Seu Jó (o forrozeiro), Minha Mãe Cleonice, Antônio Lambu (meu pai), Nildo de Dôra e Chico Vítor (os terrores da Rua do Padre), Dudé, Joaquim, Lalá, Décio, Zé Mago, Zé de Guida, Carlos de Guida, Dona Nega, Veinha, Seu Juvenal, Chico de Fina, Zé Vaqueiro, Deda, Dona Sebastiana, Seu Pedro (da bodega), Sivir, Dedé de Josias,Baza, Lola, Maria de Galego, Dona Graça, Seu Zé Lúcio, Seu Té, Assis, Seu Osmínio, Dona Nega, Mãe de Fábio, de João, de Rita e tanta gente que não consigo lembrar de todo mundo que fez parte de muitas histórias, muitas dificuldades, que resolvemos aqui nesse espaço digital, em uma de suas fragmentadas realidades vividas por parte desses araripenses mostrar para vocês.

Vamos contar muito mais quando rebuscamos na memória cada história importante de parte interessante do povo que modificou, construiu e transformou a nossa Araripina no que hoje ela é.

Conte a sua história também, envie fotos, mensagens, e vamos juntos fazer essa viagem.

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