sábado, novembro 02, 2019

Base governista: Governador briga quando deveria atrair usina



Em entrevista, há pouco, ao Frente a Frente, o deputado Alberto Feitosa, principal liderança do Solidariedade da base governista na Assembleia Legislativa, não teve o menor constrangimento em bater de frente com o governador. Para ele, Paulo Câmara erra ao acompanhar os demais governadores do Nordeste no enfrentamento ao presidente Bolsonaro e vai na contramão da história, também, ao não se manifestar sobre a possibilidade real de o Estado atrair uma usina nuclear em Itacuruba, investimento de mais de U$ 30 bilhões.

“O governador do Maranhão, que era contra a concessão da base de Alcântara, já mudou de posição e cedeu ao projeto do Governo Federal, adotando uma nova postura”, afirmou. Feitosa disse, ainda, que o governador, diferente do ex-governador Eduardo Campos, tem que pensar, primeiramente, em Pernambuco. “A política que tem que se fazer agora é atrair investimentos e não desenvolver Pernambuco, como fez Eduardo e não estagnar”, advertiu.

Feitosa ressaltou que não está se alinhando ao campo de oposição ao Governo e que fica à vontade para tecer críticas por ser um parlamentar independente. “Minha postura não é de agora, agi assim também com Eduardo”, disse, acrescentando que brigar com a União, como tentam hoje os governadores do Nordeste, é uma política suicida para Estados pobres como os do Nordeste que precisam da União.

Enquanto o governador bate de frente com Bolsonaro, por causa da paternidade do 13º salário do Bolsa-Família, Feitosa toma uma decisão contrária. Foi ontem a Brasília para se encontrar com ministros e saiu de lá elogiando medidas do Governo Federal para reaquecer a economia, gerando empregos e renda. Quanto à usina nuclear, lamentou que Estados de olho no investimento, como Alagoas e Sergipe, já tenham criados comitês para discutir o projeto, enquanto o Estado patina.

“O governador tem que dizer se quer ou não a usina nuclear, porque Alagoas e Sergipe querem. E querem porque é um grande investimento, gerador de renda e emprego. Chegou a hora de Pernambuco deixar a política de lado e trabalhar para atrair investimentos, independente de Bolsonaro ser aliado ou não”, afirmou.

Opinião do Editor

O governador sempre faz a "politicagem" dele pensando no ciclo de viciados socialistas que ainda se perpetuam no poder sem imaginar que o estado e o povo Pernambucano precisam prosperar sem as amarras de um pensamento retrógrado que atrasa a economia e não gera investimentos necessários para a federação se erguer como já fora feito (mesmo com o modelo autoritário eduardista) nas próprias gestões do saudoso Eduardo Campos.

O governador virou uma "Maria-vai-com-as-outras" quando uma astuta bancada nordestina se volta de maneira similar contra os rompantes antidemocráticos do governo federal, esquecendo que esse mesmo governador, sem habilidades gerencial e desanimado quando o assunto é empenhar-se politicamente em prol de Pernambuco, usa do mesmo artifício quando é para bloquear e amarrar aqueles que não concordam com os ideais ultrapassados do PSB.

Pensar um estado grande e progressista é preciso que no futuro não sejamos mais uma moeda de um lado só. A mudança é intrínseca para que Pernambuco não conviva com a mesmice de décadas submissas aos desejos e caprichos de um partido só, comandado por uma dama de ferro que age nos bastidores.



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