sexta-feira, novembro 01, 2019

Fábrica clandestina de salgadinhos é interditada e 300 mil unidades são levadas para lixão


Ação ocorreu, nesta sexta (1º), em Moreno, no Grande Recife. Segundo governo, empresa praticava crimes contra saúde pública, economia popular e Código do Consumidor.

Por G1 PE

Salgadinhos de festa produzidos em fábrica clandestina e outros produtos foram levados para lixão — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

Uma fábrica clandestina de salgadinhos foi fechada, nesta sexta-feira (1º), na zona rural de Moreno, no Grande Recife, por praticar crimes contra a saúde pública, a economia popular e o Código de Defesa do Consumidor. Na operação, que contou com equipes das Vigilâncias Sanitárias do estado e do município, Procon e Polícia Militar, foram descartados 300 mil canudinhos de festa, levados para um lixão.

A fábrica que foi fechada fica no Engenho Carnijó. Durante a ação, os fiscais detectaram vários problemas, desde o armazenamento de produtos até a falta de condições de higiene na área de fabricação dos salgadinhos.


Fogões e panelas com sujeira foram encontrados na fábrica clandestina de salgadinhos, em Moreno, no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

Imagens enviadas pelo Procon de Pernambuco mostram panelas sujas e produtos colocados em plásticos junto a tijolos. Além dos salgadinhos de festa, outros produtos e embalagens foram descartados.

Também havia diversos baldes de gordura vegetal, que estava vencida, espalhados pelo chão. Ainda de acordo com o Procon, foram encontradas tampas cheias de marcas pretas, que pareciam fezes de animais.


Óleo descartado na área de produção estava perto de panelas na fábrica clandestina de salgadinhos, em Moreno, no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

Nas panelas e fogões, todos pretos, foi detectada uma mistura de gordura e sujeira. Os fiscais informaram que um cachorro passeava pelo local.

“É uma situação muito complicada. Precisamos saber que óleo era usado e como esse material estava sendo descartado. Tem muita sujeira. É um caso de saúde pública”, afirmou o secretário de Justiça de Pernambuco, Pedro Eurico.

Os problemas também foram encontrados na área de embalagem dos salgadinhos. Ainda de acordo com o Procon, os canudinhos eram colocados em sacos e colados, manualmente, com fita adesiva e cola branca.


Canudinhos de festa eram colocados junto de tijolos, na fábrica clandestina localizada em Moreno. no Grande Recife — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

Por meio de nota, o órgão informou que os produtos eram vendidos para diversas lojas e mercados da Região Metropolitana do Recife. Na fábrica, foram encontradas embalagens das seguintes marcas: Canudos Crocantes; Canudos Festas; Canudos Margogi; Ki-Massa e Krokita.

“A Polícia Civil foi acionada para abrir um inquérito. É preciso investigar se essa fábrica estava produzindo produtos falsificados, com nome de marcas que estão no mercado, ou se havia terceirização ilegal da produção. Até agora, não houve prisões”, disse Pedro Eurico


Baldes com gordura estavam armazenados de forma irregular e apresentavam marcas pretas, como se fossem fezes de animais, segundo o Procon de Pernambuco — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação

O Procon informou que vai fazer operações para tirar esses produtos das lojas. Segundo o secretário, também será preciso investigar uma denúncia de que os funcionários estavam trabalhando sem as condições devidas. “Vamos checar denúncias de trabalho análogo a condições de escravidão”, declarou.

Segundo o Procon de Pernambuco, durante a manhã, os proprietários da fábrica não estavam no local. O órgão informou que a ação vai ter desdobramentos. À noite, um homem, identificado como dono do estabelecimento, foi levado para a Delegacia de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, para prestar depoimento, de acordo com o Procon.

A Polícia Militar informou que equipes foram acionadas para garantir a segurança na operação. O Ministério Público do Trabalho disse que não foi notificado oficialmente sobre a operação. O G1 procurou a Polícia Civil e não havia recebido retorno até a finalização da reportagem.


Na fábrica foram encontradas embalagens de marcas de salgadinhos conhecidas no mercado, segundo o Procon de Pernambuco — Foto: Procon de Pernambuco/Divulgação



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