Doze dias após o golpe militar, liderado por Pinochet, que
destituiu o presidente Salvador Allende, o Chile perdeu um de seus maiores
escritores: o grande autor Pablo Neruda.
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anhador
do prêmio Nobel, Neruda era um grande nome chileno ligado à esquerda. Por esse
posicionamento, teve a comercialização das suas obras proibidas em território
chileno
Quando
sua esposa Matilde Urrutia, compilou sua autobiografia “Confesso que Vivi”,
Jorge Amado, amigo pessoal do casal, achou um absurdo privar o povo chileno do
contato com a história de um de seus maiores cidadãos. Então, o escritor
brasileiro, que apesar de comunista era bem vendido no país andino, procurou
Matilde e pediu permissão para imprimir 1500 cópias da autobiografia do amigo,
usando, malandramente, a capa de “Tenda dos Milagres”. Matilde achou arriscado,
mas permitiu e ela mesmo faria o transporte para dentro do país. E não é que a
malandragem deu certo. Urrutia adentrou o Chile com 1500 cópias da vida de um
comunista embrulhadas nas capas da obra de um outro comunista.
Neruda e Matilde Urrutia
Dessa
forma, os chilenos tiveram acesso ao livro de Neruda, em 1974, ano do seu
lançamento.
Foto – Neruda e Jorge Amado – Arquivo Zélia Gattai
Iconografia da História
Referências:
http://paginaslat.dominiotemporario.com/2017/11/jorge-amado-ajudou-livro-de-neruda-a-entrar-no-chile/?fbclid=IwAR3HokTwTN7m6kL2kXy563ywlgCDEgBh7QOXhJ1jiWAYN4t7NX4r8OxKAyE
PABLO
NERUDA: POESIA E POLÍTICA
Leandro
Gomes Gentil*
Fábia dos Santos Marucci**
Blog do Paixão