DC Comics divulgou
imagens que mostram o super-herói, filho do Superman original, beijando um
amigo jornalista
Foto: Reprodução
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Superman, ou
Super-Homem, já fez quase tudo. Ele salvou o mundo algumas vezes. Morreu e
voltou à vida. Se esquivou de socos de Muhammad Ali e até
enfrentou os supremacistas brancos.
Até este ano, porém, cada versão do Superman
foi apaixonada pelo seu amor de longa data, a jornalista Lois Lane. Mas, em uma
próxima edição da nova história em
quadrinhos “Superman”, o Homem de Aço entrará
em um relacionamento queer – a primeira vez para o personagem, que já existe há
mais de 80 anos.
A quinta edição da série da DC Comics “Superman:
Son of Kal-El” confirmará que o novo Superman – Jon Kent, filho de Clark Kent e
Lois Lane – é bissexual, após ele se apaixonar por Jay Nakamura, um repórter,
anunciou a empresa nesta semana.
A série “Superman:
Son of Kal-El” segue Kent enquanto ele se torna o novo Superman da Terra e luta
com o imenso peso da nova tarefa.
Nakamura, um escritor
de óculos com um cabelo cor rosa chiclete, apareceu pela primeira vez na
terceira edição da série como um ombro para Kent se apoiar quando a tarefa de
ser o Superman ficou muito difícil.
Mas na próxima
edição, no mês que vem, Kent se apaixonará pelo jornalista – seguindo o exemplo
do pai – depois que ele “se cansa mental e fisicamente de tentar salvar todos
que puder”, de acordo com a DC.
Os detalhes da trama
da edição serão revelados em novembro, mas as imagens dos quadrinhos mostram
Kent e Nakamura se beijando e sentados juntos no topo de um prédio, com as
pernas balançando para fora da beirada.
Imagens divulgadas pela DC Comics mostram o Superman com seu novo interesse amoroso / DC Comics/Divulgação
O escritor da série, Tom
Taylor, disse que a evolução deste novo Superman está de acordo com os valores
que o personagem sempre representou – e, mais importante, reflete as
experiências de muitos fãs de quadrinhos.
“O símbolo do Superman sempre
representou esperança, verdade e justiça”, disse Taylor em um comunicado.
“Hoje, esse símbolo representa algo mais. Hoje, mais pessoas podem se ver no
super-herói mais poderoso dos quadrinhos”.
Em uma entrevista de agosto
para o site Nerdist, Taylor brincou que Kent iria encontrar um “amigo muito bom
desde muito cedo … e ele terá um grande papel”.
Esse amigo, logo ficou claro,
era Nakamura. Ele e Kent são os mais novos, mas longe de ser os únicos,
personagens LGBTQIA+ no
universo DC – no início deste ano, o personagem Tim Drake, um dos muitos Robins
que lutaram ao lado do Batman, aceitou um
encontro com um admirador.
E antes de Kent e Drake, houve
a Batwoman, também conhecida como Kate Kane, que a certa altura foi punida por
seu relacionamento com outra mulher sob a antiga política do exército dos EUA conhecida
como “Não Pergunte, Não Conte”.
Além dela, a Harley Quinn, ou
Arlequina, que trocou o Coringa por sua amiga Hera Venenosa nas últimas edições
dos quadrinhos, e a cientista transgênero Victoria October, que estreou em uma
série do Batman de 2017, são outros exemplos.
Glen Weldon, da NPR, que
escreveu um livro sobre o Batman e regularmente escreve sobre quadrinhos, disse
que ter personagens LGBTQIA+ como o Robin e o Superman é um “progresso”.
Entretanto, como os personagens
que aparecem não são as versões canônicas dos heróis – Drake não é o único
Robin no Universo DC, e o pai de Jon Kent sempre será o Superman mais conhecido
– os desenvolvimentos da trama não são tão significativos, escreveu Weldon
nesta semana.
Mesmo assim, disse ele, um
Superman bissexual e um Robin queer merecem ser celebrados – eles não são um
vilão unidimensional ou um personagem secundário que é rapidamente morto, mas
os “heróis de suas próprias histórias”.
Os fãs podem ler mais sobre o novo romance de Kent quando a quinta edição de “Superman: Son of Kal-El” for lançada nos Estados Unidos em 9 de novembro.
Blog do Paixão