FOTO: CAROLINA ANTUNES/PR
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ssessores do Palácio
do Planalto já dispõem de números preliminares de pesquisas de intenção de
votos mostrando o ex-juiz Sergio Moro se consolidando em terceiro lugar na
disputa pela Presidência da República e tirando votos do presidente Jair
Bolsonaro.
A avaliação entre
os assessores do Planalto é de que a entrada definitiva de Moro na campanha
presidencial conseguiu fisgar parte do eleitorado que insistia em declarar
votos em Bolsonaro, apesar do descontentamento com o atual governo. A tendência
é de que esse movimento de transferência de votos cresça nos próximos meses.
Não por acaso, o
Planalto já prepara um tiroteio contra Moro, que começa a atrair apoio entre
empresários e agentes do mercado financeiro, que não querem Bolsonaro nem o
ex-presidente Lula, que lidera todas as intenções de votos.
Bolsonaro fora do segundo turno
Os estrategista
de Moro deram uma tacada importante ao anunciar o nome do economista Affonso
Celso Pastore para a sua equipe econômica. Pastore é xodó no mercado financeiro
e crítico feroz do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Agora, é preciso
afinar o discurso do ex-juiz para falar com o povão, o que ele ainda não
conseguiu. Nesse ponto, Lula é craque e está muito vivo na cabeça dos eleitores
de baixa renda o quanto a vida deles era boa no governo do petista. Naquele
período, mais de 50 milhões de pessoas saíram da pobreza e foram incorporadas
ao mercado de consumo.
Bolsonaro, por
sua vez, corre para aprovar no Senado a PEC dos Precatórios que garantirá
recursos para o Auxílio Brasil de R$ 400 mensais, a ser pago até dezembro de
2022. Se não conseguir aprovar a PEC, o presidente vai atropelar Guedes e
editar uma Medida Provisória restabelecendo o auxílio emergencial.
Sem um programa
social, Bolsonaro ficará ainda mais frágil ante a candidatura de Moro, e as
chances de ele ficar de fora do segundo turno serão ainda maiores. Bolsonaro
vai surtar quando as pesquisas mostrarem que tal possibilidade é mais forte do
que ele pensa.
Blog do Paixão