Wellington Macedo de Souza, 47
anos, é de Sobral. Bolsonarista radical com forte presença nas redes sociais.
Ele coleciona processos por vídeos atacando políticos locais e professores da
rede de ensino de Sobral.
Por g1 CE
Wellington Macedo está foragido. Sua prisão foi decretada pela Justiça do Distrito Federal. — Foto: Reprodução/TV Verdes Mares
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cearense Wellington Macedo de Souza, 47 anos, é
um dos procurados pela Polícia
Civil, por tentar explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília na
véspera do Natal. Através das câmeras de segurança de uma loja e do próprio
caminhão onde a bomba foi plantada, é possível ver o momento em que o carro de
Wellington se aproxima lentamente do veículo, para que o cúmplice Alan Diego
dos Santos Rodrigues coloque a bomba.
Wellington Macedo, natural de Sobral, é bolsonarista radical com
forte presença nas redes sociais. Wellington teve a prisão decretada por
Alexandre de Moraes por incentivar atos antidemocráticos no dia
7 de setembro de 2021. Desde então, cumpria prisão domiciliar e usava
tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, frequentava o acampamento bolsonarista.
Além de ter a prisão decretada por Alexandre de Moraes, cearense
coleciona processos por vídeos atacando políticos locais e professores da rede
de ensino de Sobral. O ex-advogado de Wellington Macedo, Diego Petterson, o
defendeu em mais de 60 casos, mas afirmou que não possui mais contato com o
jornalista.
"Atualmente eu não tenho contato direto com ele desde que foi
residir no Distrito Federal."
A senadora eleita e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, Damares Alves, afirmou por meio de redes sociais que Wellington Macedo
prestou serviços no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,
entre janeiro e outubro de 2019, quando foi exonerado do cargo. Disse ainda que
ele não foi assessor direto dela e que ele trabalhou na área de comunicação da
Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que funcionava em
prédio diferente do Gabinete Ministerial.
"Repudio todas as tentativas levianas de associar minha imagem às
ações dele e/ou do grupo ao qual faz parte. Que todos as denúncias sejam
devidamente apuradas e que os culpados por atos ilegais sejam processados e
julgados, nos termos da lei. Sempre fui uma defensora da democracia. Condeno
atos de vandalismo, depredação do patrimônio público e de violência que coloque
em risco a vida humana ou a sua integridade física", disse Damares.
De acordo com o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo
de Castro Cardoso, o cearense teve participação direta nos ataques contra o
prédio da Polícia Federal em Brasília. Na oportunidade, bolsonaristas radicais
tentaram invadir prédio da PF e incendiaram carros e ônibus. Carros e pelo
menos um ônibus foi incendiado.
"Nós conseguimos comprovar que no dia 12 de dezembro o cearense e o outro praticaram também atos de depredação. A prisão dos dois também foi decretada. Eles têm dois mandados de prisão em aberto em cada um deles".
"Ficou comprovado que ele participou disso. Ter colocado a bomba
perto do caminhão", explicou Leonardo de Castro Cardoso.
Segundo a investigação, Alan recebeu a bomba de George no QG do Exército
e, então, teve a ajuda de Wellington, que dirigiu até o local do atentado. Foi
o monitoramento da tornozeleira eletrônica dele que permitiu à polícia refazer
os passos dos dois naquela noite, e o Fantástico obteve, com exclusividade, as
imagens da ação dos criminosos.
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