Por Blog da Folha
Clarissa Tércio (PP) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Reprodução: Instagram
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bancada do PSOL na Câmara Federal ingressou,
nesta terça-feira (10), com um pedido de investigação no
Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares que fizeram publicações
estimulando o ato terrorista contra as sedes dos Poderes da República,
em Brasília, no último domingo (8). Entre os políticos incluídos na lista,
estão Clarissa
e Júnior Tércio (PP), que foram eleitos, respectivamente,
deputada federal e deputado estadual nas eleições de outubro passado.
A representação, assinada por 15 parlamentares do partido, se dirige ao
ministro Alexandre de Moraes. Na petição, o grupo solicita que os deputados e
senadores eleitos citados sejam investigados por promoção de discurso de ódio
incitando a ação golpista. Além do casal Tércio, a peça cita mais nove nomes;
entre eles, Ricardo Barros (PP-PR) e Magno Malta (PL-ES).
No documento, estão reunidas as postagens que cada um publicou nas redes
sociais no dia da invasão à Praça dos Três Poderes. “É absolutamente inconteste
que as condutas perpetradas pelas autoridades públicas citados na presente
petição se deram no contexto de fomento aos crimes contra o Estado Democrático
de Direito, haja vista a irresignação da derrota eleitoral sofrida no pleito
pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro”, afirma o texto da peça.
Codeputada das Juntas, Carol Vergolino (PSOL) defendeu que os
parlamentares eleitos sejam responsabilizados. “Não é de hoje que eles têm essa
conduta de insuflar processos antidemocráticos no nosso País. Nenhum cidadão
pode fazer isso, e eles como parlamentares, muito menos”, comenta.
A codeputada lembra ainda que o casal mudou o tom do texto publicado nas redes sociais depois
que saiu o posicionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Antes, eles tinham
postado só: ‘Oremos pelo Brasil’. E depois que Bolsonaro diz que é contra a
invasão terrorista, eles editam o post. Esse tipo de conduta fere todos os
direitos constitucionais e os princípios fundamentais do Estado de Direito e da
democracia do País”, avalia.
A assessoria de imprensa dos deputados eleitos Clarissa e Júnior Tércio informou que o casal não vai se pronunciar sobre a inclusão dos nomes deles no pedido de investigação protocolado pela bancada do PSOL e reafirmou o teor da nota enviada na segunda-feira (9) dizendo que os dois são contra “qualquer ato de violência”.
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