História de Araripina: Uma cidade ainda com aspecto bucólico

Foto: Acervo Histórico

A rua ainda pacata

Parece ser ruralista

Com o seu ritmo bucólico

Não sai a perder de vista

O clima tão vilarejo

De um retrato sertanejo

Com o vento de progressista

Mas eu sou essa saudade

Que faz viver o passado

Buscar em cada memória

Reviver cada pedaço

Um retrato, uma história

De tanta luta e glória

Na porção de cada passo

Sempre que a imaginação ganha asas e alça voos imaginários para buscar as memórias que ainda permanecem vivas, não tem como não transformar uma imagem linda e saudosista em história.

A foto de parte central da cidade de Araripina, no Sertão de Pernambuco, nos leva para uma viagem pela antiga Rua Joaquim Rodrigues Nogueira, que não encontramos nos anais da história do município, outra nomenclatura para o logradouro atual.

Uma mulher com uma cesta na cabeça; uma bicicleta com bagageiro fazendo o transporte de uma mudança; um velho jeep parado em frente à casa do ex-vereador Miguel Braz, na esquina à direita da rua, o Posto de Saúde na outra esquina, com seus muros baixos e decorados com colunas construídas de tijolos; uma turma de jovem proseando; um senhor quase que aproveitando a sombra das algarobeiras; o prédio da esquina onde atualmente funciona o Bazar Caruaru e outros empreendimentos, como lojas, consultórios odontológicos, farmácias; a rua ainda não totalmente saneada e as velhas árvores de algaroba, planta nativa da nossa caatinga, e lá ao fundo os armazéns que já transformavam em setor comercial a Rua José Santiago Bringel.

Uma cidade ainda bucólica, que pela pintura do registro que nos faz deslumbrar com tanta saudade e tanta lembrança, lacrimeja os olhos do mais autêntico conterrâneo que cresceu convivendo com essa paisagem que inspira qualquer poeta apaixonado por sua terra.