Mostra de valorosos jornais noticiosos e culturais como o “Diário de Pernambuco” e o “Jornal de Letras” dos irmãos Condé. O autor e o Governador José Ramos observam uma lenhosa em extinção no Nordeste: O Angico.
Geraldo Granja Falcão (na intimidade – Geraldino) é nome de escola na literatura nacional. Já conquistou apreciável espaço nas livrarias. E nas BIBLIOTECAS.
Poeta, porque “sempre perto de Deus”, trouxe da essência de sua intelectualidade para a existência lírica do verso a beleza da “ALMA BOÊMIA”. Estava amanhecendo a década de 80, ou os anos 70 começavam a galgar o segundo degrau.
Ensaísta, pegou o bordão de andarilho e saiu por aí afora, a modo de Profeta, só para fazer apologética pregação da indústria que não solta fumaça nem ´polui: O TURISMO. Houve-se muito bem nesse empreendimento!
Através de sugestivas e gostosas crônicas, o escritor descerra as cortinas do imenso e maravilhoso palco turístico e sai mostrando, com exuberante orgulho sertanejo, os mil encantos do Nordeste, sem, todavia, negar ou por de lado as belezas físicas e humanas, tão abundantes na imensidão do Centro-Oeste; na opulência do Sudeste; no aristocrático Sul. Tão fidalgo quão alourado; e na misteriosa grandeza amazônica do Norte.
Então, que a fascinante mensagem do “TURISMO EM CRÔNICAS”, de 1977, ponha nas estradas cá de baixo e nos altos caminhos do céu todos aqueles que puderem, conhecer, no Brasil, “tantas coisas dignas de visitação e alumbramento”.
Quatro anos depois, isto é, em 1981, o talento Geraldiano armou barracas de estudo nas montanhas e nos vales da biografia, de cujo mirante, instalado no cocuruto da Serra Negra potiguara, viu a estupenda figura de um homem, inflamado tal João Batista no deserto, a clamar nas praças da ribeira seridoense. Dirigia-se ele ao Brasil todo, na ânsia de abrir os olhos de insensíveis e cruéis tecnocratas que, na fofa rancharia dos mais altos postos da República, tripudiam sobre o ensolarado Nordeste. O Nordeste que eles malevolamente tacham de inviável, embora seja, porque superavitário na balança de comércio exterior, fonte de divisas, onde se dessedenta o Brasil de lá, dos plutocratas e dos mandões, para quem nada chega porque tudo é muito pouco.
E o poeta de “ALMA BOÊMIA” se fez biógrafo para nos herdar” e “SENADOR DINARTE – uma vocação pública”.
O biógrafo resolveu mudar de ares, mas não de tema. Como as ribaçãs, que sabem porque vão a sítios distantes, ele achou por bem voar da Serra Negra ao altiplano do Araripe. Fê-lo para cumprir mais uma missão biográfica. O destino levou-o a Araripina, onde até já instalou, como artesão de Deus, o seu éden terreal. Aí, sempre com o arquivo da memória em dia, e dado o matinal banho de espanador no material de pesquisa, pôs as mãos, ou melhor, os dedos no teclado de sua “ERIKA” portátil, e começou a narrar os fatos que substanciam e os flagrantes que ornamentam a bonita história de “DEZ ANOS EM DEZ MESES”: a biografia do cidadão José Muniz Ramos, primeiro Governador de Pernambuco, nascido em Araripina.
Vale a pena acompanhar todos os lances registrados nesta obra, através de magnifico estilo. Estilo de Geraldinho que, sobe dizer muito bem o que não pode deixar de ser dito, ainda no que diz asperge o perfume nativo da jurema quando enflora a caatinga sertaneja, os campos de terra-berço de meus filhos, em cujo solo criei raízes de baraúna. Doçura de mel de uruçu também sabe ele extrair da alma, do olhar, da voz e dos gestos de pessoas, boas e inesquecíveis, como, por exemplo, a professora Helena Araújo, o patriarca Francisco Cícero da Rosa Muniz, meu querido e venerando Chico Cícero. E Maria, cuja felicidade transbordou sempre do próprio nome para açucarar o afeto dedicado ao seu eterno menino: “Seu Zé”, Doutor, Deputado, Governador e, agora, Presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.
Tenho de abrir especial parêntese aqui, antes que passe da hora.
O biógrafo paramenta-se de poeta, e compõe, nas pautas do coração, “Maria e José”, antológico poema em ritmo de prosa. De máquina assestada, o fotógrafo aguarda o momento da melhor pose. Faz, como todos fazem, profissionais recomendações a quem vai ser fotografado. E no santuário familiar de “Seu Né” e Dona Lourdinha, pai de “Seu Zé”, Maria da Felicidade posa ao lado de Sua Excelência o Senhor Governador José Muniz Ramos que, momentos antes, na praça pública cheia de bandeiras, havia prometido:
- “Terei de fazer (por Araripina) em dez meses o que os outros não fizeram em dez anos”.
A promessa foi cumprida. E o parêntese está fechado.
Que dizer mais?
- O livro é deleitoso. Deve ser lido mais de uma vez. E a quem for Governador de Estado arrisco, data vênia, uma sugestão:
- Faça por sua terra o que “Seu Zé” fez por Araripina!
Tenho dito.
(a) Dinaméricos SEDYCIAS.
CANDEIAS (América do Sul), outubro, 1983.
Fotos do Livro 10 anos em 10 meses
Luiz Fernando Duarte (Engenheiro de Minas e Metalurgista e Engenheiro Civil: conferência da I Semana de Estudos Regionais. (Araripina 2 a11/09/1982)
O Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, Escritor Francisco Bandiera e o Coordenador Geraldo Granja Falcão assinando os Certificados do Primeiro Encontro de Estudos Regionais. (11/09/1982).
Dr. Garret Bezerra Moura, Diretor da Carteira de Crédito Geral do Bandepe, pronunciando sua conferência na Semana da Cultura. (Setembro de 1982).
Casal Dr. José Valmir Ramos Lacerda (Prefeito de Araripina) e Dra. Dionéa de Andrade Lacerda (Primeira Dama).
Momento de descontração entre o autor e o amigo Governador José Ramos e o industrial Valdeir Batista
O autor é cumprimentado pelo Prefeito Dr. Pedro Alves
Batista às vistas do Governador José Muniz Ramos e do industrial João Lira de
Carvalho. (Dezembro de 1982).
Blog do Paixão