Documento que estava no bolso de uma jaqueta que criminoso carregava no dia do confronto é investigado pela Polícia Civil. Ele foi morto durante troca de tiros com a polícia, em Águas Lindas.
Por Guilherme Rodrigues, G1 GO
Carta encontrada com Lázaro Barbosa no dia em que ele foi morto durante
troca de tiros, em Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação/SSP
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Polícia Civil está investigando uma carta que
foi encontrada com Lázaro
Barbosa e que tem uma oferta de R$ 500 para que uma pessoa
pegasse munições em um barraco que ele estava escondido. Lázaro foi morto
durante troca de tiros em Águas Lindas
de Goiás, no Entorno do Distrito Federal na semana passada.
“Eu tenho 35 munições de 380 lá naquele barraco que eu estava. Pega para mim. Vou te adiantar R$ 500 por esse corre”, está em um dos trechos.
O documento,
divulgado nesta segunda-feira (5) pela Secretaria de Segurança Pública de
Goiás, foi escrito à mão e encontrado pela polícia no bolso de uma jaqueta que
o criminoso vestia no dia do confronto. Em outro trecho da carta, há o relato
de duas trocas de tiros.
“Eles estão me caçando. Já tive dois confrontos com eles e estou zerado de munição. Cara, por favor, arruma o tanto de munição de 38 e 380”, escreveu em outro ponto da carta.
Rede de apoio
Mesmo com a morte do suspeito, as investigações continuam. Além dos
crimes pelos quais Lázaro era investigado, a polícia também quer entender mais
sobre a rede de apoio que o fugitivo tinha.
Neste
domingo (4), o programa Fantástico mostrou
que a polícia investiga o envolvimento de Lázaro Barbosa com fazendeiros,
empresários e políticos.
Para os policiais, o fazendeiro Elmi Caetano pode ser o mandante de uma chacina cometida por Lázaro, em Ceilândia, no Distrito Federal. O Fantástico reconstituiu o cerco final ao homem que durante 20 dias foi o criminoso mais procurado do país.
Lázaro foi procurado durante 20 dias por
uma força-tarefa com mais de 270 agentes. Ele tinha uma extensa ficha criminal,
fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos crimes.
Itens apreendidos com Lázaro Barbosa, em Águas Lindas de Goiás — Foto: Reprodução\Polícia Militar
Após
o confronto, as equipes encontraram R$ 4,4 mil com o suspeito. “Esse dinheiro
foi repassado para quando ele saísse do cerco, ter condições de fugir para
outra região".
"Agora
nós vamos saber a quem interessava manter o Lázaro lá”, disse o governador
Ronaldo Caiado.
“Essas
pessoas atuaram com esse dinheiro. Ofertando esse dinheiro até para tirá-lo
realmente daqui. Para que ele saísse daqui e continuasse foragido da Justiça
perpetrando crimes em outras localidades a mando desse grupo”, disse a delegada
Rafaela Azzi ao Fantástico.
A secretaria informou
ainda que durante a fuga o criminoso teve acesso à rádio e televisão e que a
polícia investiga a participação de outras pessoas nos crimes cometidos por
ele, na região de Cocalzinho de Goiás.
Baleado e morto
Lázaro morreu em confronto com a polícia na
manhã de segunda-feira (28). Segundo o boletim de ocorrências, foram disparados 125 tiros, dos quais quase 40 o
atingiram, segundo a Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás.
O
secretário Rodney Miranda afirmou que Lázaro Barbosa descarregou uma pistola contra os policiais ao
ser encontrado em Águas Lindas de Goiás, no entorno do DF.
A secretaria informou ainda que a força-tarefa tentou "o tempo todo" com que ele se entregasse para que respondesse por seus crimes.
Após a morte, o corpo de Lázaro foi levado para o Instituto Médico Legal de Goiânia. No dia 30 de junho, ele foi retirado para o enterro que aconteceu no dia seguinte, no cemitério de Cocalzinho de Goiás. A cerimônia durou cerca de 30 minutos e foi reservada para familiares.
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Blog do Paixão